Como evangelizar um adepto da Nova Era?
A Nova Era não tem nada de nova, pois é apenas uma embalagem genérica na qual podem ser encontradas quaisquer filosofias, crenças, religiões e práticas, muitas vezes milenares. Mas o sentido é menos de um recipiente de compartimentos estanques, e mais de um liquidificador no qual você prepara uma vitamina espiritualista com os ingredientes que mais lhe agradam, às vezes até conflitantes e contraditórios entre si.
Dependendo da preferência da pessoa você encontrará nessa vitamina um pouco de gnosticismo, agnosticismo, animismo, ateísmo, deísmo, esoterismo, espiritismo, hedonismo, humanismo, monoteísmo, politeísmo, misticismo, panteísmo, politeísmo, teosofia, naturalismo, xamanismo, taoísmo, budismo, islamismo, xintoísmo, transcendentalismo, macrobiótica, vegetarianismo, cabalismo, yoga, meditação transcendental, hinduísmo, tarô, astrologia, esoterismo, búzios, numerologia, gnose, acupuntura, homeopatia, fitoterapia, autoajuda, magia, adivinhação, evolução, parapsicologia... A lista é interminável.
A diferença entre todas essas correntes e o cristianismo puro encontrado na Bíblia é bastante simples: todas essas filosofias exaltam o homem; o cristianismo exalta a Deus. Todas essas filosofias dizem de diferentes maneiras que você precisa fazer algo para chegar a um estado espiritual melhor; o cristianismo ensina que você não é capaz de fazer coisa alguma, e que Deus enviou o seu Filho ao mundo para morrer por você e pagar o seu pecado. Esses erros nunca dão a você certeza alguma de ter alcançado seu objetivo; o cristianismo deixa claro que você pode ter a salvação eterna aqui e agora, bastando para isso ouvir a Palavra de Deus e crer naquele que Deus enviou, para possuir a vida eterna, não entrar em juízo e passar da morte para a vida no exato momento em que creu:
(Jo 5:24) “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida”.
Satanás tem milhares de anos de experiência em enganar os seres humanos. Evangelizar um incrédulo é uma coisa; evangelizar um simpatizante da Nova Era e suas filosofias satânicas é outra. No primeiro caso você tende a se concentrar na condição do pecador, na solução de Deus (a cruz) e no destino eterno, o que é a abordagem correta. No segundo caso somos tentados a entrar no terreno do inimigo para discutir suas ideias, e é aí que mora o perigo, pois isso contamina. Acabamos enredados pelas ramificações de seus pensamentos e quando nos damos conta estamos presos em seu terreno de argumentos espirais.
Minha sugestão: traga a cobra para a penha. Quando você quer matar uma serpente, o melhor lugar é levá-la para uma rocha lisa e limpa de arbustos. Ali ela fica totalmente exposta e você pode bater à vontade. A serpente é satanás e suas doutrinas; a Rocha é Cristo.
Os arbustos das doutrinas satânicas irão tentar prender você uma espiral de discussões que farão mais mal do que bem, tanto a você (por ficar exposta a essas doutrinas) como à pessoa que está tentando evangelizar (que se sentirá cada vez mais segura por poder fazer afirmação de suas doutrinas satânicas).
Portanto, fuja de ser arrastado pela tentação de aprender mais da doutrina do outro para poder contestá-la. Traga a conversa para Cristo na cruz, para a obra definitiva, o sangue derramado, a remissão dos pecados, a ressurreição. A síntese do evangelho é o que você encontra nos primeiros versículos de 1 Coríntios 15:
Cristo morreu e Cristo ressuscitou.
(1 Co 15:1-5) “Também vos notifico, irmãos, o evangelho que já vos tenho anunciado; o qual também recebestes, e no qual também permaneceis. Pelo qual também sois salvos se o retiverdes tal como vo-lo tenho anunciado; se não é que crestes em vão. Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, E que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras”.
Resumindo: não deixe o outro falar, mas faça perguntas diretas do tipo “O que acontecerá se você morrer hoje?”, “E como se apresentará a Deus com seus pecados?”, “Qual o único documento sobre Jesus escrito por testemunhas pessoais que conviveram com ele?”, etc. O outro pode querer racionalizar e dar as explicações das filosofias que segue, mas na hora da cabeça no travesseiro todo ser humano sabe que precisará se encontrar com Deus e sabe que seus pecados são um impedimento. Todo ser humano que não foi salvo teme a morte, pois a obra de Cristo também tem por objetivo nos resgatar desse medo:
(Hb 2:14-15) “E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo; E livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão”.
(Pv 30:18-19) “Estas três coisas me maravilham; e quatro há que não conheço: O caminho da águia no ar; o caminho da cobra na penha; o caminho do navio no meio do mar; e o caminho do homem com uma virgem”.