Você não acredita em dança profética?
Quando o apóstolo Paulo se dirigiu aos anciãos de Éfeso anunciando sua partida, ele os encomendou “... A Deus e à palavra da sua graça; a ele que é poderoso para vos edificar e dar herança entre todos os santificados”. (Atos 20:32). Não existe para o crente hoje outra referência que não seja a Palavra de Deus (e o próprio Deus) do modo como os cristãos devem adorar, ministrar a Palavra, se reunirem, etc.
No Antigo Testamento havia Israel, o povo terreno de Deus que não tinha qualquer promessa celestial. Jesus veio primeiramente para esse povo (“veio para o que era seu, mas os seus não o receberam”). Com a rejeição, Deus introduz algo de novo, um mistério (ou segredo) oculto ao longo dos séculos, a Igreja, o corpo de Cristo e noiva do Senhor.
A adoração na Igreja (entende que Igreja não é um templo de pedras, certo?) não é a mesma de Israel, que precisava de um templo físico, sacerdotes, cantores, levitas, vestimentas especiais, instrumentos musicais, talheres, bacias, candelabros e todo um aparato físico para adorar, já que não tinham o Espírito Santo habitando neles, mas apenas sobre eles. A descida do Espírito para habitar na Igreja, coletivamente, e no crente, individualmente, só aconteceu no dia de Pentecostes em Atos 2.
Considerando tudo isso, sabemos que a adoração cristã é distinta, e não é no Antigo Testamento que devemos buscar elementos para ela, caso contrário precisaríamos também de um templo de pedras, incenso, sacrifícios de animais, e tantas outras coisas que a Lei dada a Moisés determinava.
O “modus operandi” da Igreja está no Novo Testamento, mais precisamente em Atos e nas epístolas dos apóstolos, já que até mesmo os evangelhos têm um caráter judaico e a Igreja é neles mencionada como algo ainda futuro: “... Edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16:18).
Os primeiros cristãos “perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações”. (Atos 2:42), e é nesta doutrina dos apóstolos que temos de perseverar (além da própria comunhão, do partir do pão e orações).
Se você buscar na doutrina dos apóstolos dada à Igreja, não encontrará qualquer referência a algum tipo de dança. Devemos nos contentar com aquilo que o Espírito Santo nos revela por meio de sua Palavra. A Palavra de Deus é nosso único guia seguro, e buscar experiências novas, à semelhança do que faz o mundo, não é exatamente o que encontramos ali. Pelo contrário, somos sempre exortados a permanecer naquilo que recebemos.
“Finalmente, irmãos, vos rogamos e exortamos no Senhor Jesus, que assim como recebestes de nós, de que maneira convém andar e agradar a Deus, assim andai, para que possais progredir cada vez mais”. (1Ts 4:1).