Como provar os espíritos?

Você diz que em suas sessões espíritas identificam os “espíritos bons” por sua linguagem e maneira de falar. É ingenuidade acreditar-se capaz de julgar as intenções de “espíritos” com milhares de anos de experiência em enganar os seres humanos, “Porque são espíritos de demônios, que fazem prodígios” (Ap 16:14).

Qualquer vigarista iniciante sabe que, para ter sucesso em sua “profissão”, deverá andar sempre de terno e saber falar como uma pessoa de bem. Agentes infiltrados em países e organizações nunca parecem ser o que realmente são. Do mesmo modo, não espere que o diabo irá se apresentar com chifres soltando fumaça pelas ventas. Você irá encontrá-lo, e a seus anjos, como “ministros de justiça” ou anjos de luz.

Ao falar do espírito de pessoas (e não de supostos desencarnados) que se apresentavam como profetas (ou capazes de 'proferir' mensagens de Deus), a Palavra de Deus é clara: “Não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo”. (1 Jo 4:1).

Como saber? A fórmula é esta:

“Nisto conhecereis o Espírito de Deus: Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; E todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que já está no mundo”. (1 João 4:2-3).

Evidentemente aqui o apóstolo não estava falando sobre acreditar ou não na existência real e corpórea de Jesus, já que isso era óbvio para ele. Afinal, tinham estado com ele um pouco antes. Aqui se trata do que significa essa “encarnação”.

É preciso recorrer ao evangelho de João 1: “E o Verbo se fez carne”. E o que era o Verbo? “O Verbo era Deus”.

“Porque já muitos enganadores entraram no mundo, os quais não confessam que Jesus Cristo veio em carne. Este tal é o enganador e o anticristo”. (2 João 1:7). Será que eles não confessavam a existência real e histórica de Jesus? Não, eles não confessavam quem realmente havia encarnado.

“E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Deus se manifestou em carne”. (1Tm 3:16).

Ao confessar que Deus se manifestou em carne, é preciso incluir no pacote a razão disso, ou seja, levou sobre o seu corpo os nossos pecados na cruz, e o final da história: Jesus ressuscitou e subiu ao céu.