Quem foi o faraó do Êxodo?

Em Êxodo 1:8-11 diz que os hebreus “edificaram a Faraó cidades-armazéns, Pitom e Ramessés”. Por isso Hollywood adotou Ramsés II como o faraó do êxodo. Mas a cidade de Pi-Ramesses foi ocupada muito tempo antes de Ramsés II e o nome “Raamses” foi encontrado na parede do túmulo de Amenhotep III, que foi faraó 100 anos antes de Ramessés II.

Em 1 Reis 6:1 diz que Salomão começou a construir o Templo no quarto ano de seu reinado, 480 anos após o êxodo. O quarto ano do reinado de Salomão foi 967 a.C. Assim calcula-se que o êxodo tenha ocorrido em 1447 a.C. (967 + 480). Ramessés II começou a reinar em cerca de 1290 a.C., portanto não podia ser o faraó do êxodo.

Há dois outros candidatos: Amenhotep II (1450-1425 a.C.), filho de Tutmés III (1490-1450). Pode ser um dos dois. Quando Moisés nasceu (80 anos antes do êxodo) o faraó era Tutmés I. Sua filha casou-se com um filho adotivo que assumiu como Tutmés II (mas quem mandava era a patroa).

Tutmés II estava no trono quando Moisés fugiu do Egito aos 40 anos de idade. O historiador hebreu Josefo escreveu que o faraó de quando Moisés fugiu do Egito morreu e um novo faraó tomou seu lugar. Tutmés III reinou ao lado da esposa de seu pai (que não era sua mãe). Quando ela morreu, Tutmés III mandou raspar todas as referências a ela nos monumentos. A data da saída dos hebreus do Egito coincide com a data da morte de Tutmés III. Pode ter morrido no mar e o fato de sua múmia existir hoje pode ser explicado pelo seguinte:

“Assim o Senhor, naquele dia, salvou Israel da mão dos egípcios; e Israel viu os egípcios mortos na praia do mar.” (Êx 14:30).

Mas há também um estudo que diz que aquela múmia não é do faraó (substituíram para o enterro), pois não possui o DNA correto. Pode ser, pois seria uma desonra deixar de enterrar um faraó com todas as pompas. Alguns faraós não eram nem mesmo enterrados sozinhos. Em alguns casos todos os seus criados e até o arquiteto da tumba eram trancados lá para servi-lo no além.

Quando você olha para as descobertas científicas e arqueológicas, não deve enxergar tudo como estático, como se tudo já tivesse sido descoberto. Tente ler o Tesouro da Juventude edição 1955 (que é a que meu pai comprou para mim) e você vai ver quanta bobagem era mostrada lá como “ciência”.

O mesmo ocorre com a arqueologia. Todos os dias há descobertas novas. Os céticos não creem em Adão porque a arqueologia no estágio atual ainda não encontrou uma múmia sem umbigo.

A posição dos céticos me faz lembrar da velhinha no sertão do nordeste quando os netos a levaram para ver um helicóptero que tinha pousado no vilarejo. Quando ela viu o monstro e os netos explicaram que as pessoas iam entrar nele e aquilo ia subir voando, a velhinha não titubeou:

— E quem disse que essa coisa é capaz de subir?

Não deu outra. O helicóptero ligou, acelerou e subiu. A velhinha não abandonou mesmo assim seu ceticismo.

— E quem disse que essa coisa é capaz de descer?