Paulo deveria estudar teologia?

Eu nem teria visto o vídeo se você não tivesse pedido, mas bastaram os primeiros quatro minutos para ver um homem arrogante e prepotente, porém com a voz mansa e pausada de um clérigo, dizendo que o apóstolo Paulo poderia melhorar muito sua forma de escrever se tivesse estudado teologia. Por isso ele (o pregador) tem a presunção de dizer que pretende melhorar o que Paulo disse, dando a entender que ele conhece mais e melhor do que Paulo aquilo que o Espírito quis dizer nas epístolas que o apóstolo escreveu. Considerando que Paulo esteve no terceiro céu, fico a imaginar até onde teria chegado esse pregador para ser tão bem instruído e capaz!

Vamos às palavras desse pregador, que eu não conhecia e prefiro não dizer o nome para não promover sua “marca”. Tenho por mim que muitos desses são fãs da música cantada pelo Erasmo, que diz, “Falem bem ou mal, mas falem de mim”. Diz ele:

“Eu me solidarizo com o apóstolo Pedro que disse que o apóstolo Paulo escreve coisas muito difíceis de entender (aqui ele cita 2 Pe 3:16). O apóstolo Paulo era um homem muito confuso. Se eu tivesse a oportunidade de conversar com ele teria dito para ele ter algumas aulas de homilética na faculdade teológica batista... exposição bíblica, pregação expositiva temática... Talvez ele pudesse escrever de uma maneira mais fácil... talvez por seu raciocínio hebreu, oriental... nós somos ocidentais, nós não pensamos deste jeito que os orientais pensam. O apóstolo Paulo, por exemplo, eu acho bem difícil. Alguns trechos aqui de Romanos eu inclusive gostaria de pular. Ele usa palavras iguais para se referir a coisas diferentes; palavras diferentes para se referir a coisas iguais; escreve meio assim fora de ordem, o que ele deveria falar primeiro, fala por último, o que deveria falar no meio ele fala no começo. Então eu resolvi dar uma melhorada no raciocínio do apóstolo Paulo, dar uma organizada melhor.”

Ora, o que ele está fazendo nada mais é do que cumprir o que Pedro falou e ele citou, mostrando que, se não entendeu nem mesmo o que Pedro quis dizer, o que dirá das coisas que Paulo escreveu! A passagem é esta:

(2 Pe 3:15-16) “...o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada; Falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem, e igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição”.

Ao contrário da interpretação dada por este e outros pregadores, Pedro não está criticando Paulo ou desacreditando seus escritos, e sim apontando que os que não entendem as coisas que Paulo escreveu, por serem difíceis, as distorcem ao seu bel prazer. O “indouto e inconstante” pregador do vídeo se propõe a “melhorar” (leia-se “torcer” o que Paulo escreveu e a razão, obviamente, é por não ter entendido bulhufas do que Paulo escreveu e que Pedro coloca no mesmo nível de toda a Palavra inspirada por Deus, ao dizer “...igualmente as outras Escrituras”.

Para Pedro as epístolas de Paulo tinham a mesma autoridade das Escrituras do Antigo e Novo Testamento. Obviamente ainda não existia um cânon fechado para o Novo Testamento, mas esta afirmação de Pedro foi uma das razões pelas quais as cartas de Paulo foram incluídas no cânon. Alguém que conteste o que escreveu o apóstolo Paulo (e os outros apóstolos) está contestando a própria Palavra de Deus, algo muito em voga nas faculdades de teologia e nas denominações que não consideram que a Bíblia seja a Palavra de Deus, mas que apenas contém a Palavra de Deus. Esta visão dá ao homem a liberdade de decidir o que é e o que não é Palavra de Deus dentro da Bíblia, podendo assim introduzir seus próprios pensamentos, como faz o pregador do vídeo.

É interessante ver outras versões para a frase “...que os indoutos e inconstantes torcem” (Almeida Revista e Corrigida):

“... que os ignorantes e instáveis deturpam” (Almeida Revista e Atualizada)

“... cujo sentido os espíritos ignorantes ou pouco fortalecidos deturpam” (Ave Maria)

“... que homens sem instrução e vacilantes deformam” (CNBB)

“... as quais os ignorantes e instáveis torcem” (NVI)

Estas definições cabem muito bem ao pregador em sua tentativa de colocar-se como juiz da própria Palavra de Deus, arvorando-se capaz de dizer como Paulo deveria ter ensinado aquilo que o Espírito Santo lhe confiou. Considerando que o que Paulo escreveu É a Palavra de Deus revelada pelo Espírito Santo, uma paráfrase do que o pregador disse ficaria absurda assim:

“O Espírito Santo é muito confuso. Se eu tivesse a oportunidade de conversar com ele teria dito para ele ter algumas aulas de homilética na faculdade teológica batista... exposição bíblica, pregação expositiva temática... Então eu resolvi dar uma melhorada no raciocínio do Espírito Santo, dar uma organizada melhor”.

Somente aqueles que creem na inspiração verbal da Palavra de Deus revelada a Paulo perceberão quão grave é o comentário que ele faz no vídeo tentando desacreditar o ministério de Paulo e seus escritos inspirados palavra a palavra. “Ora, nós não temos recebido o espírito do mundo, e sim o Espírito que vem de Deus, para que conheçamos o que por Deus nos foi dado gratuitamente. Disto também falamos, não em palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas [em palavras] ensinadas pelo Espírito, conferindo coisas espirituais com espirituais... Se alguém se considera profeta ou espiritual, reconheça ser mandamento do Senhor o que vos escrevo” (1 Co 2:12-13; 14:37).

Eu esperava que você dissesse que estou equivocado por eu ter visto apenas o início do vídeo, e que aquilo seria apenas uma “pegadinha”, que ele estaria brincando ou usando de sarcasmo, etc. Mas como você disse que mais adiante ele ensina que toda a humanidade é formada por filhos de Deus, que todos serão salvos e que não devemos falar de inferno e condenação ao pregarmos o evangelho, só posso lamentar ter perdido quatro preciosos minutos de minha vida vendo a abertura de uma tal pregação.

Esse homem é responsável pelo que está fazendo, e se realmente crê no Senhor dará contas disso a Deus e verá tudo o que pareceu construir ser queimado, sendo ele próprio salvo como que pelo fogo (1 Co 3). Ou ele pode ser um dos que Paulo descreve em 2 Timóteo 3, pois ali há adjetivos para todo tipo de enganador, não só o avarento, que é marca registrada dos pregadores da prosperidade, mas também “jactanciosos, arrogantes, blasfemadores”, estes caindo como uma luva para os clérigos moderninhos.

(2Tm 4:3-4) “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas”.

Às vezes ficamos tão ocupados com os mercenários que vendem uma caricatura de cristianismo com seus “evangelhos da prosperidade” que deixamos passar os eruditos e pregadores moderninhos, com sua teologia de proveta negando abertamente a inspiração das Escrituras e enganando com suas filosofias os incautos. Obviamente sempre encontrarão ouvidos com coceira, portanto sua profissão estará garantida por enquanto.

Quando os Aliados se preparavam para a invasão da Europa no “Dia D”, a estratégia foi construir milhares de aviões de madeira, tela e papelão pintados para parecerem verdadeiros e concentrá-los nas instalações militares no norte da Grã Bretanha à margem do Canal da Mancha. Eles eram fotografados do alto pelos aviões espiões de Hitler e o levavam a pensar que a invasão seria pelo norte. Na Guerra do Golfo foi a vez dos Aliados serem enganados por milhares de tanques de guerra de borracha inflável espalhados por Saddam Hussein em instalações falsas no deserto. O inimigo de nossas almas, o diabo, está usando uma estratégia semelhante nos dias atuais.

Enquanto miramos no erro patente dos caricatos pregadores mercenários de um cristianismo falso e inflado de prosperidade em canais de TV e auditórios de antigos cinemas, Satanás ataca em um flanco pouco protegido: o da teologia convencional fundamentalista. É nas denominações mais conservadoras e aparentemente “sérias” que o inimigo quer minar a fé cristã, dirigindo suas armas para ninguém menos que o apóstolo Paulo e os “mistérios” ou “segredos” que lhe foram revelados de primeira mão. A estratégia é simples: fazer as pessoas acreditarem que Paulo era um homem complicado, solteirão recalcado, machista, incapaz de transmitir suas ideias com clareza, avesso a um cristianismo judaizante por ter vivido encharcado dele... a lista de acusações é longa. Em sua última carta e já prevendo seu martírio Paulo escreveu: “Na minha primeira defesa, ninguém foi a meu favor; antes, todos me abandonaram” (2Tm 4:16).

Em meio às trevas da apostasia que rapidamente descem sobre o planeta, quase dá para ouvir Satanás ordenando a seu exército de anjos: “Ataquem Paulo! Façam os cristãos ficarem contra ele e sua doutrina! Ele precisa ser desacreditado se quisermos que seu último mistério seja colocado em prática”.

Paulo escreveu sobre este mistério: “Não vos recordais de que, ainda convosco, eu costumava dizer-vos estas coisas? E, agora, sabeis o que o detém, para que ele [o anticristo] seja revelado somente em ocasião própria. Com efeito, o mistério da iniquidade já opera e aguarda somente que seja afastado aquele que agora o detém; então, será, de fato, revelado o iníquo, a quem o Senhor Jesus matará com o sopro de sua boca e o destruirá pela manifestação de sua vinda. Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira, e com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos” (2Ts 2:5-10).

É grande a diferença entre Paulo e os outros apóstolos. Os doze pregavam “arrependei-vos” (Atos 2:38); Paulo pregava “crê” (Rm 4:5-6; 1 Co 15:1-4). Os doze pregavam o evangelho do reino (Mt 4:17; Atos 3:19); Paulo pregava o evangelho da graça de Deus (Atos 20:4). Os doze foram salvos dentro de Israel e dali enviados (Mt 16:13, 16-17); Paulo foi salvo e enviado fora da fronteira de Israel (Atos 9:3). Aos doze foi dado um ministério terreno voltado para as promessas terrenas do reino dadas a Israel; Paulo recebeu um ministério celestial (Gl 1:1, 11-12). Os doze ministravam aos judeus (Mt 10:5; Gálatas 2:7-9); Paulo ministrava principalmente aos gentios (Rm 11:13; Gálatas 2:7-9). Por isso quando o inimigo quer minar os planos de Deus ele dá grande ênfase ao ministério dos doze para a terra e faz as pessoas pensarem na Igreja como mera sucessora de Israel, portanto cheia de práticas judaicas e esperanças terrenas (isto é conhecido como “Teologia do Pacto”), enquanto lança descrédito sobre o ministério de Paulo que aponta para a Igreja como distinta de Israel e com sua vocação e destino celestiais.

Ao apóstolo Paulo, o apóstolo nascido fora de tempo, foram revelados alguns mistérios ou segredos que não tinham sido revelados aos profetas do Antigo Testamento e nem mesmo aos outros apóstolos antes dele. Ele é o autor do “quinto evangelho”, a carta aos Romanos, onde diz, “pelo meu evangelho e pela proclamação de Jesus Cristo, de acordo com a revelação do mistério oculto nos tempos passados, mas agora revelado e dado a conhecer pelas Escrituras proféticas por ordem do Deus eterno” (Rm 16:25-26). A expressão “agora revelado e dado a conhecer” significa que antes de Paulo ainda era um mistério.

Um dos mistérios revelados a Paulo foi a ressurreição dos santos no arrebatamento. Ele escreveu: “Eis que eu lhes digo um mistério: nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta. Pois a trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis e nós seremos transformados” (1 Co 15:51-52). A carta aos Tessalonicenses dá mais detalhes deste mistério, e Paulo se inclui ali entre os que já esperavam por este evento: “Dada a ordem, com a voz do arcanjo e o ressoar da trombeta de Deus, o próprio Senhor descerá do céu, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois disso, os que estivermos vivos seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, para o encontro com o Senhor nos ares” (1Ts 4:16).

Mas existe muito mais na maneira peculiar como Cristo se revelou a Paulo, como um apóstolo “abortivo” ou “nascido fora de tempo” (1 Co 15:8). No Antigo Testamento Jesus foi apresentado em tipos e figuras e depois sua Pessoa descrita em detalhes nos Evangelhos. Mas o modo como ele se revelou a Paulo foi peculiar. Os outros discípulos haviam conhecido Jesus antes de sua morte e também depois, já ressuscitado. A Paulo ele apareceu glorificado e, como se isto não bastasse, levou-o para conhecer o Paraíso ou “terceiro céu”, onde o apóstolo “ouviu coisas indizíveis, coisas que ao homem não é permitido falar” (2 Co 12:4).

Portanto, ainda que você encontre Jesus em figuras no Antigo Testamento, e vivo, morto e ressuscitado nos Evangelhos, é por meio de Paulo que poderá conhecê-lo glorificado e em sua relação com a Igreja, o corpo de Cristo. Isto por causa da “revelação do mistério guardado em silêncio nos tempos eternos, e que, agora, se tornou manifesto e foi dado a conhecer por meio das Escrituras proféticas, segundo o mandamento do Deus eterno, para a obediência por fé, entre todas as nações” (Rm 16:25-26). A chave para você abrir o cofre dos segredos ou mistérios de Deus é a “obediência por fé”. Não apenas fé, mas a fé daquele que está disposto a obedecer para conhecer “a sabedoria de Deus, o mistério que estava oculto, o qual Deus preordenou, antes do princípio das eras, para a nossa glória” (1 Co 2:7).

Trata-se de coisas que pertencem a uma outra dimensão; que Deus tinha em mente antes que existisse o tempo, pois “olho nenhum viu, ouvido nenhum ouviu, mente nenhuma imaginou o que Deus preparou para aqueles que o amam; mas Deus o revelou a nós por meio do Espírito”, diz o apóstolo Paulo em sua carta aos Coríntios (1 Co 2:8-9). Por mais privilegiados que tenham sido os homens de Deus do Antigo Testamento ou mesmo os discípulos e os doze apóstolos no período dos evangelhos, nenhum deles teve, naquele período, o Espírito Santo habitando em si como o crente tem agora, depois de Pentecostes, e é somente pelo Espírito que estas coisas podem ser compreendidas. No período dos evangelhos os apóstolos tinham apenas a promessa, não eram habitados pelo Espírito. “O Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e ESTARÁ em vós” (Jo 14:17).

Quando Deus decidiu revelar a verdade do mistério ele escolheu um vaso muito especial, e sabemos disso porque em Ef 3 Paulo diz: “Certamente vocês ouviram falar da responsabilidade imposta a mim em favor de vocês pela graça de Deus, isto é, o mistério que me foi dado a conhecer por revelação” (Ef 3:2-3). Paulo ainda não tinha recebido a revelação do mistério quando o Senhor mostrou a ele a essência da verdade deste mistério no caminho para Damasco, ao perguntar: “Saulo, Saulo, por que você me persegue?” (Atos 9:4). Jesus revelava assim que os santos, que Saulo perseguia na terra, formavam um corpo e estavam unidos a Cristo, a Cabeça, nos céus.

O detalhamento deste mistério Paulo apresenta em sua carta aos Efésios. Faltava um mistério a ser revelado, e a tarefa coube a Paulo. Com este segredo trazido à tona, a revelação de Deus estaria completa. É o que ele diz aos Colossenses, ao falar da Igreja, o corpo de Cristo e habitação do Espírito: “Da qual eu estou feito ministro segundo a dispensação de Deus, que me foi concedida para com vocês, para cumprir a palavra de Deus; o mistério que esteve oculto desde todos os séculos, e em todas as gerações, e que agora foi manifesto aos seus santos... que é Cristo em vós, esperança da glória” (Cl 1:24-27).

No grego a palavra traduzida como “cumprir” tem o sentido de completar ou preencher uma lacuna. É a mesma usada por João, ao dizer: “Escrevemos estas coisas para que a nossa alegria seja completa” (1 Jo 1:4). Paulo colocou a peça que faltava na revelação de Deus e nos fez saber que “os gentios são coerdeiros com Israel, membros do mesmo corpo, e coparticipantes da promessa em Cristo Jesus”. E continua: “Foi-me concedida... a administração deste mistério que, durante as épocas passadas, foi mantido oculto em Deus” (Ef 3:6-9).

Por ser um mistério que ficou oculto no passado, a Igreja não existia no Antigo Testamento e nem mesmo nos evangelhos. Jesus a menciona pela primeira vez em Mateus 16:18, mas como algo ainda futuro. Ele diz: “Edificarei a minha igreja”. Como toda edificação da época, ela teria um alicerce com uma pedra de canto ou esquina, Cristo, seguida das outras pedras do alicerce, os apóstolos e profetas do Novo Testamento. Sobre este fundamento as paredes seriam levantadas com o acréscimo de cada salvo por Cristo.

É desta edificação que Paulo fala no capítulo 2 de Efésios ao dizer que somos “edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, tendo Jesus Cristo como pedra angular, no qual todo o edifício é ajustado e cresce para tornar-se um santuário santo no Senhor” (Ef 2:20-21). Em 1 Coríntios o apóstolo fala de sua responsabilidade em lançar os fundamentos da Igreja: “Conforme a graça de Deus que me foi concedida, eu, como sábio construtor, lancei o alicerce, e outro está construindo sobre ele” (1 Co 3:10-11). Portanto é impossível você entender o que é a Igreja e saber como ela deve funcionar sem ler as cartas do apóstolo Paulo, a quem foi dada a tarefa de completar a Palavra de Deus.

Obviamente muitos não gostam da ideia de termos uma revelação completa, pois isto não lhes permite trazer suas próprias “revelações” ou, como no caso do pregador do vídeo, seus raciocínios teológicos sofisticados. Paulo avisou a Timóteo: “Virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, sentindo coceira nos ouvidos, segundo os seus próprios desejos juntarão mestres para si mesmos. Eles se recusarão a dar ouvidos à verdade, voltando-se para os mitos”. (2Tm 4:3-4)

Resumindo, os mistérios revelados a Paulo e que muitos cristãos estão deixando de entender e desfrutar, por obra de refinados lobos em pele de ovelha, são:

  1. O mistério do evangelho da graça de Deus (Rm 16:25-26)

  2. O mistério do endurecimento de Israel por um tempo (Rm 11:25-27)

  3. O mistério do arrebatamento e da ressurreição do corpo de Cristo (1 Co 15:51-53)

  4. O mistério do um só corpo, a Igreja (Ef 3:1-9)

  5. O mistério da cidadania ou vocação celestial do crente no corpo de Cristo (Ef 1:3; Filipenses 3:20-21)

  6. O mistério do propósito de Deus de reunir todas as coisas em Cristo na dispensação da plenitude dos tempos (Ef 1:9-10)

  7. O mistério da graça de Deus (Rm 6:14)

  8. O mistério da identificação do crente com Cristo (1 Co 15:1-4)

  9. O mistério da iniquidade (2Ts 2:6-12)