Por que os terroristas islâmicos matam?

Os terroristas islâmicos matam por egoísmo. Desde cedo são doutrinados a buscarem a morte violenta em nome de Alá para si e para os infiéis, se quiserem ser perdoados dos pecados e merecer o Paraíso, onde só entram Profetas, Justos e Shahids ou mártires. Tão logo seja detonada a bomba que tem grudada ao corpo, ou o terrorista seja atingido pelas balas dos infiéis, ele será recepcionado como mártir no Paraíso por 72 virgens de olhos negros, pele branca e cabelos pretos que não ficam menstruadas, não evacuam e são perfeitamente depiladas. Ali ele tomará vinho, o que era proibido aqui na terra, e terá à disposição 72 camas para se esbaldar de prazer. Enquanto isso uma rua na Palestina ganhará uma placa com seu nome e crianças e jovens serão incentivadas a seguir seu exemplo.

Já as meninas terroristas são motivadas pela promessa de viverem nuas com corpos translúcidos satisfazendo os desejos desses valentes rapazes que deram suas vidas pelo prêmio que elas irão lhes proporcionar. São elas que compõem o time de 72 virgens que formarão o harém exclusivo de cada mártir masculino. Para quem vive numa cultura islâmica isso não tem nada de promiscuidade, pois as 72 mulheres só poderão ter um homem como esposo e cada homem só poderá se deitar com seu próprio harém. Acredite se quiser, mas existe um componente romântico em tudo isso, e não pense que eu esteja sendo sarcástico ou desrespeitoso para com a religião islâmica. Qualquer muçulmano com um mínimo de inteligência e conhecimento do Alcorão saberá que esta é a descrição encontrada nos sites de sua religião, e é baseada em seus textos sagrados.

Com uma motivação assim qualquer jovem desencontrado e recalcado estará pronto a obedecer cegamente aos clérigos radicais islâmicos. Por sua vez os clérigos que recrutam, doutrinam e lavam a mente desses jovens também o fazem visando um prêmio, que é a notoriedade em seu círculo religioso por sua capacidade de formar um grande e fiel exército de soldados de Alá. Pense em um time de futebol: os terroristas são os jogadores e os clérigos os técnicos. E a torcida? Esta é formada pelo povo simpatizante, que vibra cada vez que um jovem marca um gol ao se despedaçar com suas vítimas numa explosão ou ser abatido por uma rajada de balas de soldados infiéis. Alguns destes infiéis costumam lubrificar suas balas com gordura de porco a fim de ultrajar os muçulmanos, já que o consumo desta carne é proibido naquela religião.

Enquanto os que estão fora dessa cultura assistem horrorizados os vídeos dos atentados na TV, para os simpatizantes da causa isso é como assistir “American Idol". Se você duvida, procure no Youtube por vídeos do povo festejando nas ruas de comunidades islâmicas a queda das torres no 11 de setembro ou algum outro atentado de grande repercussão.

E as armas? Bem, dinheiro é o que não falta entre os magnatas do petróleo do mundo islâmico, mas para muitos o dinheiro não é suficiente para ganhar notoriedade e prestígio entre os seus pares. A solução é investir em algum grupo terrorista do mesmo modo que um magnata ocidental investiria em um time de futebol para ser notícia. Isso faz bem para a imagem e para os negócios em uma cultura pautada numa religião que promove a conversão dos infiéis pela espada. Mas não pense que ataques islâmicos sejam atos tresloucados desprovidos de planejamento, consciência e critério. Segundo uma sobrevivente, um dos dois terroristas que fuzilaram os cartunistas do "Charlie Hebdo" repetiu várias vezes para o outro que eles não matavam mulheres. Mas o outro parece não ter escutado, pois acabou fuzilando Elsa Cayat. Em 2013, no ataque a um shopping center no Quênia, para identificar e poupar muçulmanos os terroristas perguntavam antes a cada um o nome da mãe do profeta Maomé. Quem não soubesse era morto.

Enquanto o clérigo radical é o que podemos chamar de "coach" motivacional, a célula ou grupo terrorista se incumbe de treinar, aparelhar e enviar o futuro mártir para sua missão. Esse grupo precisa mostrar serviço se quiser obter o financiamento dos magnatas em suas tendas refrigeradas, daí o maior IBOPE ficar com os grupos que promoverem as ações mais cruéis, sangrentas e espetaculares. Aparentemente ninguém nesse meio tinha atingido o status de Osama Bin Laden e da Al-Qaeda, mas no momento em que escrevo parece existir uma certa competição entre Al-Qaeda e ISIS pela audiência. Por isso mais de um grupo pode acabar reivindicando a responsabilidade por um ataque e depois ser desmentido, por ter sido praticado por algum psicopata de turbante sem ligação com qualquer grupo islâmico.

Resumindo, o terrorista mata e morre pelo prazer que lhe espera no Paraíso, enquanto clérigos, magnatas e grupos radicais têm no dinheiro e no prestígio a recompensa que procuram. Qualquer pessoa com um mínimo de conhecimento de marketing e natureza humana é capaz de chegar a esta conclusão. Mas o egoísmo de fazer algo em troca de recompensa não se restringe ao mundo islâmico. Adam Smith, considerado o pai da economia, afirmava no século 18 que "não é da benevolência do padeiro, do açougueiro ou do cervejeiro que eu espero que saia o meu jantar, mas sim do empenho deles em promover seu interesse próprio". Em suma, o que move a civilização ocidental judaico-cristã é o mesmo motor do egoísmo que acende o pavio da bomba do terrorista. Pergunte a Caim se não foi isso que o levou a matar seu irmão. Pergunte ao presidente da mais poderosa nação do planeta se não é isso que os torna dispostos a fazer qualquer coisa para garantir o "american way of life".

Se você conhece a natureza humana pecadora e caída que herdamos de Adão não irá se surpreender que esses mesmos sentimentos de um radical islâmico estão latentes também no coração de qualquer ocidental criado dentro de uma cultura judaico-cristã. O cristianismo, do modo como a maioria das pessoas o enxerga, não difere do islamismo neste aspecto. Qualquer pessoa do mundo ocidental cristão que viva pela máxima de que "fora da caridade não há salvação" não percebe que a diferença só está no tipo de atentado, pois o combustível é o mesmo egoísmo das ações terroristas ou capitalistas. Para garantir cada um seu Paraíso um explode inocentes e o outro dá esmolas. Para ambos, o “dano” ou “benefício colateral” de sua ação - o morto no atentado ou o mendigo alimentado - não passa de um inocente útil que está ali para servir ao propósito egoísta de quem irá usá-lo de trampolim para o Paraíso.

Mas o verdadeiro cristianismo que você encontra na Bíblia é radicalmente contrário, tanto ao islamismo fundamentalista quanto ao cristianismo caritativo popularmente professado pelas massas. No verdadeiro cristianismo você pode até dizer que "fora da caridade não há salvação", mas o significado é radicalmente diferente daquele pregado pela maioria das religiões chamadas cristãs. Fora da caridade, não minha, mas de Deus, é que não há salvação. A minha caridade tem tanto valor em prol de minha salvação quanto o número de vítimas do terrorista. O que realmente vale é a caridade de Deus, o único que podia dar algo que tivesse valor aos seus próprios olhos, e ainda assim para alguém que fosse realmente necessitado, como é cada um de nós, pecadores perdidos mendigando por perdão. E foi por isso que Deus entregou o seu próprio Filho para assumir nosso lugar de culpa e juízo na cruz do Calvário.

"Nisto se manifestou a caridade de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos. Nisto está a caridade: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados” (1 Jo 4:9-10).

Se você espera ganhar o céu com suas boas obras e caridade em prol dos menos favorecidos acabará descobrindo que não irá chegar lá porque seu motivo era egoísta. Além disso a Palavra de Deus é clara ao afirmar que “pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie” (Ef 2:8-9). Nenhuma obra, sofrimento ou martírio pode salvar o pecador.

Uma vez visitei uma mulher muito católica, que estava há anos numa cama com dores horríveis por conta de uma artrose deformante. Depois de ouvir o evangelho da caridade de Deus, da graça e da salvação pela fé em Cristo, pregado por um irmão que estava comigo, ela se enfureceu e passou a gritar: "Como assim?! Quer dizer que todos esses anos de dor e sofrimento não contam para minha salvação?” Espero sinceramente que antes de sua morte ela tenha sido desarmada pela graça de Deus e tenha se livrado do explosivo dos sofrimentos que levava em seu corpo, nos quais ela tanto confiava para chegar ao Paraíso.