Cristãos podem fazer inseminação artificial?

Você perguntou se seria correto um casal cristão fazer inseminação artificial por causa de sua dificuldade em engravidar sua esposa. A ciência caminha a passos largos e nem sempre temos tempo suficiente para descobrir se as possibilidades que surgem estão de acordo com o que a Bíblia ensina. A falta de oração, conhecimento da Palavra e de paciência para esperar no Senhor pode nos levar a tomarmos decisões erradas. É o caso de pais que tentam durante longo tempo ter filhos e, depois que decidem adotar uma ou mais crianças, vem a gravidez há muito esperada. O normal é que eles acabem sendo abençoados tanto pelos filhos que adotaram como pelos biológicos, pois Deus tem prazer em cumprir sua vontade em nós.

Enquanto algumas dessas possibilidades tecnológicas modernas envolvem apenas novas tecnologias que podem ajudar em nossa vida e trabalho, outras dizem respeito à manipulação da própria vida, a qual pertence a Deus. Ele diz: “Eis que todas as almas são minhas” (Ez 18:4) e “O Senhor é o que tira a vida e a dá; faz descer à sepultura e faz tornar a subir dela” (1 Sm 2:6). Portanto, ao tratarmos de assuntos envolvendo a vida humana é bom pisarmos sobre ovos, para não pisarmos sobre óvulos, isto é, tratarmos a concepção de um ser humano como algo que podemos tratar do modo que nossa cabeça nos guiar.

Este é um princípio que precisamos ter em mente quando se trata de novas tecnologias envolvendo a vida humana, e a inseminação artificial se encaixa neste contexto, como também se encaixam outros temas polêmicos, como concepção “in vitro”, experiências com célula tronco, anticoncepcionais e aborto. Outro princípio importante que devemos aplicar a este e outros dilemas é aquele ensinado pelo Senhor Jesus quando foi questionado acerca do divórcio, que Deus havia suportado na vida dos patriarcas de Israel e também na Lei dada a Moisés. Jesus respondeu:

“Moisés, por causa da dureza dos vossos corações, vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas ao princípio não foi assim... Desde o princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea. Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á a sua mulher, e serão os dois uma só carne; e assim já não serão dois, mas uma só carne” (Mt 19:8; Marcos 10:6-8).

Só esta passagem já esclarece muitas outras coisas, além do divórcio que é o tema dela. O Senhor indica que se quisermos saber a vontade de Deus acerca de uma unidade familiar devemos voltar ao princípio, ao projeto original que aponta que Deus criou o macho e a fêmea para formarem um casal e procriarem. Portanto, o casal no projeto original de Deus deve ser formado por um homem e uma mulher, não um homem e muitas mulheres, ou uma mulher e muitos homens, ou dois homens ou duas mulheres.

Lembrando que Deus nos criou com a função de o adorarmos, “porque o Pai procura a tais que assim o adorem” (Jo 4:23), no que diz respeito à vida física na terra o casal homem-mulher foi criado também com uma função muito clara de se multiplicar e administrar toda a Criação: “E criou Deus o homem à sua imagem: à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra” (Gn 1:27).

Essa união homem-mulher, sua multiplicação e domínio sobre a Criação faziam parte de um plano maior que está relacionado a Cristo. Medite, por exemplo, nestas passagens e você entenderá:

“Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível... Porque somos membros do seu corpo, da sua carne, e dos seus ossos. Por isso deixará o homem seu pai e sua mãe, e se unirá a sua mulher; e serão dois numa carne. Grande é este mistério; digo-o, porém, a respeito de Cristo e da igreja” (Ef 5:25-32).

“Mas em certo lugar testificou alguém, dizendo: Que é o homem, para que dele te lembres? Ou o filho do homem, para que o visites? Tu o fizeste um pouco menor do que os anjos, de glória e de honra o coroaste, e o constituíste sobre as obras de tuas mãos; todas as coisas lhe sujeitaste debaixo dos pés. Vemos, porém, coroado de glória e de honra aquele Jesus que fora feito um pouco menor do que os anjos, por causa da paixão da morte, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos. Porque convinha que aquele, para quem são todas as coisas, e mediante quem tudo existe, trazendo muitos filhos à glória, consagrasse pelas aflições o príncipe da salvação deles” (Hb 2:6-10).

Juntando tudo o que vimos até aqui, Deus é o autor e dono da vida, escolheu o homem e a mulher para multiplicá-la, deu ao homem poder e autoridade para administrar sua criação, e tudo isso converge em Cristo, “porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas” (Rm 11:36), “porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele... para em todas as coisas ter a primazia” (Cl 1:16-17).

Portanto, a Bíblia não é um manual para o ser humano ser próspero e feliz, mas é a revelação de Deus acerca de seu Filho. Tudo o que está nela é aquilo que tem a ver com Cristo, e o que não tiver qualquer relação com o Filho de Deus não será encontrado na revelação de Deus. Talvez isto decepcione alguns que achavam que o assunto principal da Bíblia fosse o ser humano, como se comportar, etc. Não é. O seu tema principal é Cristo.

Portanto, quando temos questões como a da inseminação artificial, nossa primeira preocupação não deve ser o nosso próprio umbigo, ou o que eu ganho ou perco com isso, mas como isso pode afetar a verdade de Deus acerca do seu Filho. “Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. Quer, pois, vivamos ou morramos, somos do Senhor... E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai” (Rm 14:8; Colossenses 3:17).

Já vimos que Deus escolheu um casal formado por homem e mulher para multiplicar a vida na terra, portanto não faz qualquer sentido um casal cristão optar por não ter filhos se ambos forem férteis. A menos que existam questões que impossibilitem a procriação ou até mesmo a adoção de crianças abandonadas, todo argumento contrário ao “crescei e multiplicai-vos” é fútil e egoísta. “Eis que os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão. Como flechas na mão de um homem poderoso, assim são os filhos da mocidade. Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava” (Sl 127:3-5).

Talvez alguns argumentem que não querem ter filhos porque dá muito trabalho, ou por não terem condições financeiras para criá-los, ou para poupá-los da violência deste mundo. Argumentos assim não colam, pois, o mesmo Salmos 127 começa falando exatamente de questões como trabalho e recursos para constituir uma casa ou família, preocupação com a segurança e o alívio e descanso que encontramos quando confiamos no Senhor. “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela. Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois assim dá ele aos seus amados o sono” (Sl 127:1-3).

Mas você escreveu porque quer ter filhos, porém problemas de esterilidade impedem isso. Se a questão fosse apenas de inseminação artificial, como retirar seu sêmen e introduzi-lo em sua esposa, não acredito que houvesse algum impedimento bíblico para isso, pois a fecundação e concepção numa relação homem-mulher continua existindo, apenas usando de uma “posição”, vamos chamar assim, diferente da tradicional “papai-mamãe”.

O que dizer então da inseminação artificial usando espermatozoides de um doador? Bem, aí a coisa muda completamente de figura, pois precisamos dar mais um passo atrás na questão para tratarmos de outra: seria correto um cristão doar seu esperma (ou a mulher doar seus óvulos) para inseminação artificial? Considerando que o espermatozoide é a porção do homem que irá formar a criança ao fecundar um óvulo de uma mulher, a rigor essa criança será filha biológica desse homem e da mulher cujo óvulo foi fecundado. Isso é diferente do descarte do sêmen na masturbação ou polução noturna, quando o espermatozoide é descartado antes de se transformar em um ser vivo. A doação de esperma ou óvulos é uma decisão consciente e deliberada de conceber um filho, porém em um ventre desconhecido, para ser criado por desconhecidos, em condições que o pai (ou a mãe, no caso de doadora do óvulo) será incapaz de imaginar e interferir.

Será que eu, como cristão, iria desejar algo assim para um filho meu? Seria correto que ele fosse criado por pessoas que poderiam maltratá-lo física ou psicologicamente, ou talvez o criassem em alguma religião contrária a Deus e à sua Palavra? Talvez você alegue que a mãe de Moisés entregou seu filho para ser criado pela filha de Faraó, mas ali a alternativa era deixar que fosse morto. O que ela fez resultou em bênção para o povo de Deus. Por outro lado, Sara não teve paciência em aguardar um filho que viesse de Deus e insistiu com seu marido Abraão para que tomasse a egípcia Agar como uma espécie de “mãe de aluguel”, o que logo após o parto se tornou em grande problema para o casal. Nem preciso dizer que até hoje o povo judeu sofre as consequências de uma decisão precipitada. Ismael, filho que Agar teve com Abraão, é o pai dos árabes.

Uma vez um colega numa empresa onde trabalhávamos veio me perguntar sobre o que fazer. Ele havia engravidado sua namorada e ambos cogitavam recorrer ao aborto. Sugeri que deixassem a criança nascer e depois a matassem, caso não gostassem dela. Obviamente ele entendeu meu sarcasmo e ainda me convidou para seu casamento numa cerimônia reservada, na qual eu e minha família éramos talvez os únicos estranhos ao seu círculo familiar. O filho nasceu e eles nunca se arrependeram disso. A princípio sua dificuldade estava em não considerar um embrião como um ser humano, com identidade e direito à vida. Mas a Bíblia deixa muito claro que é na concepção que o ser humano passa a existir, pois ali ele já possui sua identidade.

Ou você acha que o Filho de Deus só se tornou Homem ao sair do ventre de Maria? Você diria que aquele que foi concebido pelo Espírito Santo no ventre da virgem ainda não era o Salvador? O Salmos 139 fala do ser humano desde o momento zero de sua existência, desde a sua “substância ainda informe”: “Pois tu formaste o meu interior, tu me teceste no seio de minha mãe. Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste; as tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem; os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra. Os teus olhos me viram a substância ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda” (Sl 139:13).

Voltando à questão da doação do espermatozoide para gerar um filho em ventre alheio, do lado da mãe a concepção terá ocorrido por um intercurso com um estranho, ainda que remoto e sem contato físico de corpos. A mulher cristã pode ter em mente o versículo de 1 Coríntios 6:19-20 que diz: “Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus”. Embora o contexto fale de prostituição, e a inseminação artificial não é o caso, ainda assim o corpo que temos não deve ser utilizado com outro motivo que não seja para a glória de Deus. Toda vida é dada por Deus para sua glória, mas ainda assim a maneira como ela é gerada é de responsabilidade do homem, pois nascemos “do sangue... da vontade da carne... da vontade do homem” (Jo 1:13).

A doação de esperma ou óvulos pode ainda levar a uma outra questão, esta também controversa se analisada à luz da Palavra de Deus. Refiro-me ao procedimento “in vitro” ou de proveta, quando um espermatozoide é colocado para fecundar um óvulo fora do corpo da mãe e o embrião resultante do processo é colocado no útero da mulher que irá desenvolvê-lo, seja ela a futura mamãe ou uma “barriga de aluguel”.

Quando se trata de um procedimento envolvendo apenas o casal, sem o uso de espermatozoides ou óvulos de estranhos, pode até parecer que não é diferente de uma inseminação artificial. Porém, há uma grande diferença, pois na inseminação artificial a concepção se dá dentro do útero da mulher, enquanto no processo “in vitro” a concepção acontece em um recipiente exterior, e para garantir seu sucesso os médicos costumam produzir mais de um embrião. Enquanto um é utilizado para a gravidez, os outros são congelados para uso posterior (se a mulher quiser ter outros filhos), ou finalmente descartados ou utilizados em experiências com células tronco. Cabe um lembrete aqui: aqueles embriões já são seres humanos, e apenas se encontram em um processo de criogenia ou suspensão das atividades vitais por congelamento.

A criogenia — neste caso a criopreservação — já funciona a nível de embriões, e também é utilizada hoje em crianças e adultos de forma parcial para reduzir suas funções vitais, e poderá vir a ser usada no futuro para suspender quase totalmente essas funções de modo a “religá-las” mais tarde. Não estou falando dos que congelam corpos mortos na tentativa de trazê-los de volta à vida, mas de uma suspensão controlada dos sinais vitais numa hibernação como nas viagens espaciais dos filmes de ficção. Isto já existe na natureza, em insetos e répteis que passam meses presos no gelo e depois acordam quando chega a primavera. Portanto, ainda que um embrião seja congelado ao ponto de ser preservado assim durante um longo tempo, a vida já existe nele e esta se manifestará quando colocado nas condições ideais de um útero.

Em minha opinião o descarte desses embriões excedentes, ou seu uso para experiências de célula tronco, não é muito diferente de praticar um aborto, pois também implica na eliminação de uma vida que já se iniciou. Se você concorda que o aborto é contrário à vontade de Deus irá concordar também que Deus não aprovaria um procedimento assim.

Portanto, sugiro que você e sua esposa orem a respeito da decisão a tomar, a fim de “que sejais cheios do conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e inteligência espiritual; para que possais andar dignamente diante do Senhor, agradando-lhe em tudo, frutificando em toda a boa obra, e crescendo no conhecimento de Deus” (Cl 1:9). Afinal, depois de termos sido salvos já não pertencemos mais a nós mesmos, mas a Deus, que deve ser soberano em como devemos utilizar nosso corpo e também no modo como devemos constituir família.

Talvez você alegue que “adotar” o espermatozoide ou óvulo de estranhos seja a mesma coisa que adotar uma criança, mas não posso concordar. A adoção de crianças órfãs ou rejeitadas é um ato de misericórdia e compaixão que encontra total respaldo até no modo como Deus nos tratou quando recebemos “o Espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai. O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. E, se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus, e coerdeiros de Cristo” (Rm 8:15-17). Deus “nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade, para louvor e glória da sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado” (Ef 1:5-6). Uma vez adotados, a exortação para nós é: “Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados” (Ef 5:1).

Como filhos, devemos agir do modo como o Filho de Deus agiu quando andou aqui, ou seja, em total submissão à vontade de Deus, mesmo sabendo que sua própria vontade era perfeita e jamais entraria em conflito com a vontade de seu Pai. Muitos de nós no passado agimos de maneira contrária a essa vontade, quando andávamos “sem Deus no mundo” (Ef 2:12), porém agora devemos agir, como escreve o apóstolo Pedro, “como filhos obedientes, não vos conformando com as concupiscências que antes havia em vossa ignorância” (1 Pe 1:14).

Você escreveu por estar em um dilema, e quando nos encontramos em um dilema precisamos orar e reunir o máximo de aconselhamento, fatos e conhecimento da Palavra antes de tomarmos uma decisão. Dei a você alguns fatos e pareceres bíblicos, agora cabe a você e a sua esposa orarem quanto à decisão a tomar para que isso resulte em glória para Deus. Você e sua esposa foram colocados nessa situação por alguma razão, provavelmente porque Deus quis provar a fé de vocês tendo em mente objetivos de bênção. O modo como reagirão a essa prova poderá trazer tanto alegria quanto tristeza, mas em qualquer caso sempre sabemos que a obediência a Deus, produza ela alegria ou tristeza temporária, será sempre o melhor caminho.

“Sabendo que a prova da vossa fé opera a paciência. Tenha, porém, a paciência a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, sem faltar em coisa alguma. E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada. Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; porque o que duvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento, e lançada de uma para outra parte. Não pense tal homem que receberá do Senhor alguma coisa” (Tg 1:3-7).

Em última instância, lembre-se de que ter filhos não é um ‘direito’ dos homens, mas algo que recebemos como “herança do Senhor” (Sl 127:3). No original hebraico o sentido da palavra é de uma propriedade de Deus que nos é entregue como uma dádiva, não como um direito de fazermos o que bem entendermos dela. Por isso somos exortados a criar nossos filhos para Deus, não para nós mesmos, porque um dia daremos conta de como os trouxemos ao mundo, do que fizemos com eles e de como os preparamos para que um dia recebessem a vida eterna e se tornassem igualmente filhos de Deus pela fé em Cristo. Conheço casais que não podiam ter filhos e adotaram filhos que não podiam ter pais. Apesar de ter dois filhos biológicos acabei adotando um que precisava de pais, e realmente foi algo que veio de Deus, principalmente considerando a maneira como ele chegou até nossa família. Se quiser saber algo a respeito visite www.querocontar.net

Talvez minha resposta chegue aos ouvidos de irmãos em Cristo que um dia agiram ainda na incredulidade, antes de terem sido salvos, ou mesmo depois, porém de forma precipitada ou por ignorarem tudo o que está relacionado a uma decisão assim. O Senhor disse que “o servo que soube a vontade do seu senhor, e não se aprontou, nem fez conforme a sua vontade, será castigado com muitos açoites; mas o que a não soube, e fez coisas dignas de açoites, com poucos açoites será castigado. E, a qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá, e ao que muito se lhe confiou, muito mais se lhe pedirá” (Lc 12:47-48). Neste caso devemos sempre nos lembrar de que não temos um Deus cruel, que se agrade de nossa miséria e sofrimento, mas um que pode nos disciplinar como o pai disciplina a seu filho, porém tendo em vista seu crescimento e maior comunhão. De fato, “toda a correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas depois produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela. Portanto, tornai a levantar as mãos cansadas, e os joelhos desconjuntados, e fazei veredas direitas para os vossos pés, para que o que manqueja não se desvie inteiramente, antes seja sarado” (Hb 12:11-13).