Com que frequência vocês se reúnem?
Isso varia muito de assembleia para assembleia. Onde estou congregado temos às quartas feiras à noite uma reunião que começa com uma leitura de um capítulo do Antigo Testamento que é depois comentado pelos irmãos que ministram. Poderíamos classificá-la como uma reunião de ministério da Palavra. Em seguida fazemos uma reunião de oração, que começa com os irmãos trazendo motivos de oração (algum irmão doente, alguma necessidade de alguém, alguma viagem na obra etc.). Não se trata de trazermos orações muito pessoais, mas aqueles motivos que envolvam a assembleia e a obra do Senhor. Eu não preciso, por exemplo, pedir orações para meu filho ir bem na prova da escola, ou para decidir que carro comprar, porque este tipo de oração eu devo fazer em casa com minha família.
Aos sábados à noite temos uma reunião de ministério da Palavra, que pode ser aberta a qualquer irmão que tenha um tema específico para ministrar, ou pode ser um estudo como o que fazemos na quarta feira, neste caso do Novo Testamento. Mesmo o “modelo” de reunião aberta de ministério pode variar de um lugar para outro. Quando é o caso de um irmão trazer um tema para ministrar, ele poderá ministrar sobre o tema boa parte do tempo da reunião, mas é conveniente sempre que ele deixe espaço para “falem dois ou três” como vemos em 1 Coríntios, e não monopolize o tempo (aqui uma reunião costuma durar de uma hora a uma hora e meia, embora em outros lugares esse tempo também varie bastante).
Geralmente aqui quando um irmão termina de falar sobre o tema que trouxe, outro poderá dar continuidade falando do mesmo tema ou capítulo, mas já estive em uma assembleia nos Estados Unidos onde vi três irmãos falarem uns quinze minutos cada um de temas e passagens completamente diferentes, cada dando o começo, meio e fim de sua mensagem. Já estive em assembleias onde as reuniões de ministério parecem mais um pingue-pongue, com um irmão fazendo um comentário rápido de uma passagem, outro continuando logo a seguir, outro concatenando o seu comentário, etc. E também já vi lugares onde há um longo período de silêncio entre um e outro. Isso deve variar também em outros lugares, como na Índia, Japão, Nigéria, Malavi, etc. Basta pensar na diversidade de costumes e de povos que temos no mundo para entendermos que poderão existir diferenças também em alguns detalhes das reuniões.
Geralmente começamos com irmãos sugerindo um ou mais hinos, algum irmão abrindo a reunião dando graças e pedindo a direção do Senhor e, no final também terminando com hinos e oração. Como devemos nos colocar sob a direção do Espírito, não podemos estabelecer regras, embora tudo deva ser feito com decência e ordem, como ensina 1 Coríntios 14:40.
Aos domingos na parte da manhã temos uma escola dominical para crianças (em uma sala) e jovens e adultos (em outra). Não se trata de uma reunião da assembleia e nem tem tal caráter. São cantados hinos infantis, as crianças repetem o versículo que decoraram durante a semana. Enquanto um irmão traz algum assunto para os jovens e adultos, um irmão ou irmã cuida das crianças pequenas em outra sala ensinando a elas o evangelho e dando alguma atividade lúdica. São iniciativas dos que fazem tal trabalho, portanto é bem no estilo de um que ensina e os outros aprendem, podendo ocorrer perguntas, comentários, etc.
Em seguida temos uma reunião em caráter de assembleia, que é a Ceia do Senhor. Essa não é uma reunião para orarmos por necessidades, e também não é para se ministrar a Palavra. É uma reunião de louvor e adoração, portanto as orações ao longo da reunião tem esse caráter de gratidão e louvor. Também cantamos muitos hinos, geralmente aqueles que falam da morte do Senhor. É importante também ter sabedoria na escolha de hinos, pois há hinos que se adequam mais ao louvor e adoração, outros que falam de nossas dificuldades no mundo, melhores para oração, e há também hinos evangelísticos. Não caberia ver uma assembleia de salvos reunidos para adorar o Senhor cantando “Pecador vem a Cristo Jesus...”
Na ceia do Senhor, depois de um tempo de louvor um irmão vai até a mesa onde estão os símbolos (o pão e o vinho), dá graças pelo pão, o parte e passa para os irmãos. Aqui onde estou congregado a travessa ou cesta com o pão passa de mão em mão com cada um pegando um pedaço e comendo. O mesmo é feito com o cálice de vinho. Embora possam ter visitantes numa reunião da ceia do Senhor, é importante lembrar que só participam do pão e do vinho aqueles que foram regularmente recebidos à mesa do Senhor. Os demais (e também as crianças) podem assistir, porém não participam do pão e do vinho. Em seguida é passada uma sacola também apenas aos que estão em comunhão para que coloquem nela suas ofertas que serão posteriormente utilizadas em despesas (salão, energia elétrica etc.), necessidades de irmãos enfermos ou desempregados, viagens de irmãos na obra do Senhor etc.