Teremos cicatrizes no céu?

Só um terá cicatrizes no céu: Nosso bendito Senhor Jesus! As mesmas marcas que nós fizemos em suas mãos, pés e no seu lado, nós as veremos como os discípulos as viram após a ressurreição. Mas nenhum daqueles que foram salvos por ele terá cicatrizes. Todos estarão devidamente ressuscitados ou transformados em um corpo glorioso, sem qualquer ligação com seu passado na Terra.

É interessante que o Cordeiro visto em Apocalipse é um “como que foi morto”. A marca da morte estará eternamente associada ao Cordeiro que morreu para nos resgatar. E desfrutaremos mais do conhecimento dessa tremenda obra que ele cumpriu se entendermos que ela foi feita primeiramente para Deus. Somos beneficiados por ela, mas a glória de Deus foi a razão primeira da morte do Cordeiro. Ele é o Cordeiro que tira “o pecado” (singular) do mundo antes de ser o que leva “os pecados” (plural) dos salvos.

Penso assim por causa da cena quando o Senhor apareceu para os discípulos, já com seu corpo ressuscitado. “E dizendo-lhes isto, mostrou-lhes as suas mãos e o lado... Põe aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; e chega a tua mão e mete-a no meu lado” (Jo 20:21-27).

As marcas do Senhor estavam lá. Um dia Deus colocou o primeiro Adão em um profundo sono, “... e tomou uma das suas costelas, e cerrou a carne em seu lugar” (Gn 2:21). Da ferida do seu lado Deus tirou uma esposa para Adão. Com o “último Adão” Deus fez o mesmo: de seu lado ferido tirou-lhe uma esposa, a Igreja.

Creio haver uma referência profética das feridas do Senhor em Zacarias 13.1-6, figura do Senhor quando se encontrar com seu povo terrenal: “E se alguém lhe disser: que feridas são essas nas tuas mãos? Dirá ele: são as feridas com que fui ferido em casa dos meus amigos”.

Não tarda o momento (talvez hoje!) quando veremos suas feridas, suas marcas do amor. E nunca, jamais, nos cansaremos de contemplar aquele que morreu na cruz por nos. Eternamente.