Seria seu blog uma injúria a Chico Xavier?

Após ler um dos textos publicados em meu blog “O que respondi...”, um leitor escreveu considerando uma injúria o comentário que fiz envolvendo o nome do escritor espírita. Esta foi minha resposta a ele:

Tentei lembrar onde possa ter escrito alguma injúria a Chico Xavier. Você deve ter considerado injúria o trecho em que escrevi: “A ideia da reencarnação traz embutida a ideia da autoevolução, que você deve se aperfeiçoar espiritualmente, subindo degraus de uma escada sem fim. Isso pode fazer bem para o ego, e é a razão dos livros espíritas como os de Chico Xavier ou Zibia Gasparetto serem best-sellers. As pessoas gostam de ler ou ouvir que elas são especiais, que vão conseguir, que são poderosas, guerreiras, etc. Ninguém quer ouvir: Você é pecador.”.

Se ler direito verá que o que digo é que os livros espíritas são vendidos de montão porque as pessoas gostam de ouvir sobre a evolução espiritual e coisas do tipo. Os dois autores são mencionados apenas como referência por serem os que mais vendem. Se recebem ou não por seu trabalho não é a questão. Também não tem importância alguma se escrevem em português da frente para trás ou em inglês de trás para frente, como você disse ter sido a produção de um dos livros do autor.

A questão, que você deixou passar, é que essas doutrinas são, isto sim, uma injúria contra Deus e contra Cristo, já que consideram Jesus menos que Deus, mas apenas um espírito evoluído, e desprezam completamente sua obra ao colocar o homem como autor de sua própria salvação por meio de suas obras e méritos.

Talvez fosse interessante você ler meu testemunho de conversão para entender que vim desse meio, ou seja, acreditei em tudo aquilo que você provavelmente acredita (www.stories.org.br/angels.html). Você também sugere que eu não tente dar respostas sobre assuntos que não conheço, como o texto que escrevi sobre vida em outros planetas. A este respeito posso dizer que até mesmo vi um disco voador durante cerca de 20 minutos em uma estrada de Goiás numa madrugada de 1979, mas sei bem que não se tratava de vida extraterrena, e tenho razões bíblicas para acreditar assim.

Um último conselho: Não acredite em mim, em quem sorri (você comentou sobre meu sorriso na foto) ou em quem escreve coisas espirituais. Especialmente se a pessoa tiver aparência de piedade e falar mansamente. Estas são características das pessoas que o apóstolo Paulo avisou para tomarmos cuidado. Busque você mesmo na fonte que é a Bíblia e peça para ser ensinado por Deus. Jamais confie em homens. Qualquer um pode construir um site com um sorriso bonito e falar coisas bonitas de Deus. A chave para você descobrir se algo é de Deus ou não é fazendo a seguinte pergunta: “Isso glorifica a Deus ou ao homem?”

O espiritismo glorifica ao homem. A Bíblia coloca o homem em seu devido lugar e glorifica a Deus. Uma salvação que tenha qualquer participação minha no processo deixará margem para me gloriar dela. Uma salvação como a Bíblia ensina, de um pecador perdido que foi salvo por Cristo apenas, remete toda a glória a ele, que é Deus. É por isso que tanta gente odeia a Bíblia, mas gosta tanto de doutrinas que acariciam o ego humano com coisas do tipo, “você tem mediunidade, é só desenvolver”, “você é um diamante que precisa ser lapidado”, “você pode evoluir espiritualmente” e coisas do tipo. Enquanto isso a Bíblia diz:

(Rm 3:10-18) “Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda; Não há ninguém que busque a Deus. Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só. A sua garganta é um sepulcro aberto; Com as suas línguas tratam enganosamente; peçonha de áspides está debaixo de seus lábios; cuja boca está cheia de maldição e amargura. Os seus pés são ligeiros para derramar sangue. Em seus caminhos há destruição e miséria; e não conheceram o caminho da paz. Não há temor de Deus diante de seus olhos.”.

Não há muito para o ego nisso, não é mesmo? Todavia, é neste terreno de completa ruína que Deus nos encontra para nos salvar por meio da fé e da obra única, perfeita e definitiva de Cristo na cruz. “Para que nenhuma carne se glorie perante ele.” (1 Co 1:29).