Por que Deus mandou matar nações inteiras no AT?

Você escreveu que “não podemos conceber de forma alguma que DEUS coloque no decálogo um mandamento dizendo: ‘Não matarás’ e em seguida mande que Moisés mate todos os povos conquistados”, e chamou a isso de “uma berrante contradição do mandamento ‘não matarás’”.

Se fosse contradição, seria um crime qualquer país manter um exército. Não sei se você é militar ou policial, mas há muitos espíritas militares e policiais, não há? na hora de defender o país ou a população, o que ele vai fazer, atirar flores?

Em Gênesis 9, Deus dá ao homem a autoridade de matar como forma de exercer juízo. Essa autoridade é confirmada no NT em Romanos 13 e essa é a dificuldade de muitas pessoas não entenderem que a pena de morte, por exemplo, ou a morte na guerra, foram coisas autorizadas por Deus em Gênesis 9 e nunca revogadas.

Obviamente hoje o cristão, por ser um cidadão do céu, talvez não se sinta bem em estar na posição de um algoz, embora existam muitos cristãos que ocupem postos de soldados e policiais onde eventualmente terão de matar como forma de proteger a si mesmo ou outras pessoas.

Eu também tinha dificuldade para entender esse modo de proceder de Deus no Antigo Testamento, até entender a noção de autoridade, algo a que todos estamos sujeitos. Não cabe ao subordinado julgar se a autoridade está certa ou errada, cabe a ele se submeter aos poderes superiores (pais, professores, policiais, prefeitos, governadores, presidentes, juízes...).

Quando Deus mandava os judeus invadirem uma terra, Ele estava exercendo seu juízo sobre povos cruéis. Você pode entender isso quando ele adia seu juízo sobre os Amorreus porque ainda não tinham enchido a medida de iniquidade: “Na quarta geração, porém, voltarão para cá; porque a medida da iniquidade dos amorreus não está ainda cheia”. (Gn 15:16).

Mas Deus não usou apenas judeus como seus instrumentos de juízo. Ele usou gentios, como Ciro: “Assim diz o Senhor ao seu ungido, a Ciro, a quem tomo pela mão direita, para abater nações diante de sua face, e descingir os lombos dos reis; para abrir diante dele as portas, e as portas não se fecharão” (Is 45:1).

E se pensarmos no reino milenial de Cristo que ocorrerá após o arrebatamento da Igreja e a grande tribulação, e antes do juízo final, fica fácil entender que não será uma coisa tão idílica quanto muitos pensam, já que durante aquele período quem não se sujeitar a Deus será morto. O juízo será todas as manhãs.

É difícil admirar o trabalho de um soldado na guerra, de um policial na luta contra o crime, ou de um carcereiro em trancafiar pessoas, mas eles são instrumentos da justiça humana (e, por tabela, divina). É ingenuidade você pensar em um mundo sem autoridades superiores, e é ingenuidade maior ainda pensar em um Deus sem autoridade para julgar e condenar segundo os seus (e não os nossos) critérios de justiça.

Afinal, de onde você acha que aprendeu as noções de justiça que hoje traz em sua mente? De uma cultura judaico-cristã, da qual você não pode fugir. Todavia, se por um lado você se arvora no direito (e capacidade) de julgar o que é certo e errado nos Atos divinos, isso o torna juiz de Deus.

Será que ainda não se deu conta de que há coisas que você, como uma criança em relação aos desígnios divinos, não entende? Você não se deu conta de que ainda há coisas que precisará aprender? Como se acha já capaz de julgar o que é certo ou errado se até essas noções você recebeu por meio de uma aculturação do meio judaico-cristão em que nasceu?

Seus filhos, quando pequenos, certamente não entendiam muitas de suas ordens ou forma de proceder. E veja que eles estavam a apenas poucos anos de serem adultos para entender essas coisas. A que distância você se considera estar de Deus para achar que já pode entender seus desígnios, julgá-los e separar em que ele está com a razão ou não?


Mario Persona é palestrante, professor e consultor de estratégias de comunicação e marketing e autor dos livros “O Evangelho em 3 Minutos Mateus”, “Quero um refil!”, “Crônicas para ler depois do fim do mundo”, “Dia de Mudança” (também em inglês como “Moving ON”), “Marketing de Gente”, “Marketing Tutti-Frutti”, “Gestão de Mudanças em Tempos de Oportunidades”, “Receitas de Grandes Negócios” e “Crônicas de uma Internet de verão”.

Nas horas livres o autor dedica-se a escrever e traduzir textos e livros sobre a Palavra de Deus. Estes são publicados em:

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Mario Persona participou também como autor convidado das coletâneas “Os 30+ em Atendimento e Vendas no Brasil”, “Gigantes do Marketing”, “Gigantes das Vendas”, “Educação 2007”, “Professor S.A.” e “Coleção Aprendiz Legal”, além de ter sido citado como “Case Mario Persona” no livro “Os 8 Pês do Marketing Digital”. Traduziu obras como “Marketing Internacional”, de Cateora e Graham, “Administração”, de Schermerhorn, “Liberte a Intuição”, de Roy Williams, além de diversos livros de comentários sobre a Bíblia.

É convidado com frequência para palestras, workshops e treinamentos de temas ligados a negócios, marketing, comunicação, vendas e desenvolvimento pessoal e profissional. Alguns temas são:

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Gestão do Conhecimento, Comunicação, Marketing e Vendas, Satisfação do Cliente, Oratória, Marketing Pessoal, Qualidade Vida-Trabalho, Administração do Tempo, Segurança no Trabalho, Controle do Stress e Meio-Ambiente

Livros por Mario Persona:

Crônicas de uma Internet de Verão

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