Cristo é um mero conscientizador de meus erros?
Você escreveu contando que o pastor da igreja onde congrega ouviu você dizer que Cristo foi seu substituo na cruz e que você não entraria em juízo, e prontamente ele corrigiu sua afirmação, dizendo que estava errada. Segundo ele, o juízo de Deus continua pairando sobre nós a todo momento, e Cristo seria um mero conscientizador dos nossos erros e o meio para corrigi-los. Teria ele razão? Não, esse pastor está errado e você está certo.
Quando digo que é preciso pregar o evangelho a cristãos católicos, protestantes, evangélicos, etc. é a coisas assim que estou me referindo. A maioria das pessoas que enchem as igrejas nunca creu ou entendeu a obra expiatória de Cristo morrendo por nossos pecados e ressuscitando para nossa justificação. Continuam pensando em Jesus como um homem santo que veio nos dar exemplo de como devemos ser para irmos morar no céu.
Pensar assim não é muito diferente do que pensam os adeptos de religiões como o islamismo, budismo, hinduísmo, espiritismo... sempre tentando se justificar pela melhoria de si mesmos por seus próprios esforços, ou fazendo obras de caridade para merecer a salvação. A verdade é que por mais que Jesus tenha sido um exemplo de vida para nós, se ele não tivesse morrido e ressuscitado estaríamos perdidos eternamente. Por que você acha que a semente precisa cair no solo e morrer? Para dar um exemplo ou para multiplicar vida dando muito fruto?
Embora Cristo seja o melhor exemplo que temos do Homem perfeito, se você tentar imitar Jesus para obter a salvação, terá de começar sendo sem pecado, pois Jesus veio ao mundo sem pecado. O problema é que eu e você viemos ao mundo com uma natureza arruinada que nos fez pecadores desde a concepção. É impossível que, pela imitação, você se torne puro e sem pecado. Por mais que um cão imite um gato, o máximo que conseguirá talvez seja latir com um som de “miau”. Mas ele continuará sendo um cão em sua essência e natureza.
A verdade é que, na cruz, Jesus foi o “Substituto” perfeito; aquele que era sem pecado foi feito por Deus pecado por nós, e castigado com o juízo divino em três horas de trevas e abandono para então morrer no lugar do pecador. A sua morte, portanto, não apenas resolveu eternamente a questão do pecado como também foi o meio de salvação para aqueles que creem nele. Estes não passarão pelo juízo e poderão desfrutar desde já da salvação eterna, algo que infelizmente muitos dos que professam ser cristãos não desfrutam por não crerem verdadeiramente na obra substitutiva de Jesus.
“Aquele que não conheceu pecado, ele [Deus] o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus” (2 Co 5:21).
“... carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados” (1 Pe 2:24).
“Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos” (1 Pe 3:18).
“Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados” (Is 53:5).
Para mim estes versículos são claros o suficiente para eu descansar em um sacrifício consumado e na certeza de que todos os meus pecados foram pagos na cruz. Não passarei sequer pelo juízo final, por ter sido salvo pela fé ainda em vida.
“Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida” (Jo 5:24).