Deus castiga?

Sim, Deus castiga os seres humanos e disciplina seus filhos. No passado Deus usava Israel para castigar as nações idólatras, e usava as nações idólatras para castigar Israel quando aquele povo caía no erro:

(Is 10:5-6) "Ai da Assíria, a vara da minha ira, porque a minha indignação é como bordão nas suas mãos. Envia-la-ei contra uma nação hipócrita, e contra o povo do meu furor lhe darei ordem, para que lhe roube a presa, e lhe tome o despojo, e o ponha para ser pisado aos pés, como a lama das ruas”.

(Gl 6:7) "Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará".

Isto se refere a esta vida. Assim, mesmo um cristão que é perdoado pelo seu erro poderá sofrer as consequências disso, naturalmente ou pela mão de Deus. Um ex-viciado, por exemplo, pode sofrer danos de saúde por causa de seu vício mesmo após convertido a Cristo, e continuará sujeito à disciplina de Deus enquanto andar aqui, pois é filho do Pai.

O que podemos ter certeza é de que quando Deus disciplina um filho é por amor, muito embora a psicologia moderna, ao querer ser mais sábia do que Deus, condena a disciplina física colocando os filhos numa condição que Deus chama de “bastardos”. Deus, por sua vez, mostra que filhos que são disciplinados têm reverência pelos pais, algo que vemos cada vez menos nas famílias modernas:

(Pv 23:13) "Não retires a disciplina da criança; pois se a fustigares com a vara, nem por isso morrerá”.

(Hb 12:5-11) "E já vos esquecestes da exortação que argumenta convosco como filhos: Filho meu, não desprezes a correção do Senhor, E não desmaies quando por ele fores repreendido; Porque o Senhor corrige o que ama, E açoita a qualquer que recebe por filho. Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, e não filhos. Além do que, tivemos nossos pais segundo a carne, para nos corrigirem, e nós os reverenciamos; não nos sujeitaremos muito mais ao Pai dos espíritos, para vivermos? Porque aqueles, na verdade, por um pouco de tempo, nos corrigiam como bem lhes parecia; mas este, para nosso proveito, para sermos participantes da sua santidade. E, na verdade, toda a correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas depois produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela".

Uma vez ouvi de uma mãe cristã:

“Se o governo diz que posso ser presa por bater em meus filhos, então prefiro ir presa a deixá-los sem disciplina para acabarem presos como marginais quando adultos”.

Nunca devemos nos esquecer de que o maior castigo que Deus já aplicou foi contra o seu próprio Filho, e não por alguma desobediência dele, mas nossa.

(Is 53:5) "Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados”.