Salvar ou perder a vida

Lucas 9:24-26

Jesus diz: “Quem quiser salvar a sua vida a perderá; mas quem perder a vida por minha causa, este a salvará” (Lucas 9:24). Existe uma vida que é desejável e compatível com a natureza que herdamos de Adão. Paulo explica que “o primeiro homem, Adão, tornou-se um ser vivente; o último Adão [que é Jesus], espírito vivificante... O primeiro homem era do pó da terra; o segundo homem, do céu. Os que são da terra são semelhantes ao homem terreno; os que são do céu, ao homem celestial” (1 Co 15:45-49).

Se você crê em Jesus possui agora uma nova vida cuja origem está no céu, e não na terra. A vida que você herdou de Adão nunca desejou as coisas do céu, e a vida que você agora possui em Cristo nunca ficará satisfeita com a vida que o mundo tem a oferecer. Sim, o mundo oferece uma vida, mas é a mesma vida que a humanidade tem escolhido desde os tempos de Caim. “Que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, e perder-se ou destruir a si mesmo?” (Lucas 9:25).

O assassino de Abel não só inaugurou a religião de boas obras, ao tentar agradar a Deus com o fruto do seu trabalho, como também construiu a primeira cidade e deu origem à civilização tal qual a conhecemos. No capítulo 4 de Gênesis você encontra os descendentes de Caim inventando a agropecuária, a cultura e a indústria. O homem terreno agarra-se a estas coisas — muitas delas perfeitamente lícitas — porque é tudo o que tem para satisfazer a vida que herdou de Adão. Mas no final ele terá perdido sua vida aqui e eternamente.

O cristão não caminha como uma besta quadrúpede, que olha para o chão, mas com seus olhos fitos no céu. Não vive preocupado com o desprezo aqui, pois suas expectativas estão na glória. Ele olha para “Jesus, autor e consumador da nossa fé. Ele, pela alegria que lhe fora proposta, suportou a cruz, desprezando a vergonha, e assentou-se à direita do trono de Deus” (Hb 12:2). Jesus literalmente perdeu a vida aqui por ter em vista a glória celestial.

Em todas as épocas os que foram da fé aguardaram “a cidade que tem alicerces, cujo arquiteto e edificador é Deus... reconhecendo que eram estrangeiros e peregrinos na terra... esperavam eles uma pátria melhor, isto é, a pátria celestial. Por esta razão Deus não se envergonha de ser chamado o Deus deles, pois preparou-lhes uma cidade” (Hb 11:10-40). Jesus conclui dizendo: “Se alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras, o Filho do homem se envergonhará dele, quando vier em sua glória e na glória do Pai e dos santos anjos” (Lucas 9:26).

Se Deus não se envergonha de ser chamado o seu Deus, por que você se envergonharia de Jesus, não é mesmo? Nos próximos 3 minutos Jesus permitirá que três de seus discípulos espiem por uma fresta no tempo e espaço. O que eles veem os marcará profundamente para o resto de suas vidas.

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