Jesus ou conspirações?
Do versículo 22 ao final do capítulo 17 de Lucas o contexto é o da vinda de Cristo para reinar e não deve ser confundido com o arrebatamento da igreja. No arrebatamento ele não desce à terra, mas o encontro se dá “nas nuvens” e “nos ares” (1Ts 4:17). Em sua vinda para reinar “Os seus pés estarão sobre o monte das Oliveiras” (Zc 14:4-5). No arrebatamento apenas os salvos o verão, “num abrir e fechar de olhos” (1 Co 15:52), mas a sua vinda “será como o relâmpago cujo brilho vai de uma extremidade à outra do céu” (Lucas 17:24) e “todo olho o verá” (Ap 1:7).
O arrebatamento da igreja não depende de sinais para acontecer, “porque vivemos por fé, e não pelo que vemos” (2 Co 5:7). São os judeus que “pedem sinais” (1 Co 1:22), como “grandes terremotos, fomes e pestes em vários lugares, e acontecimentos terríveis” (Lucas 21:11). No arrebatamento Cristo vem libertar a Igreja (1 Ts 1:10), mas a sua vinda como Rei será para libertar Israel (Sl 6:1-4). Por isso no arrebatamento é ele quem reúne pessoalmente os seus (1Ts 4:15-18; 2Ts 2:1), enquanto em sua vinda ele enviará os seus anjos para reunir os eleitos de Israel (Mt 24:30-31).
No arrebatamento o Senhor tira do mundo os crentes e deixa os incrédulos (Jo 14:2-3). Em sua vinda os ímpios serão tirados do mundo para juízo, enquanto os convertidos em tempos de tribulação serão deixados para viver na terra no reino de mil anos (Mt 13:41-43; 25:41). No arrebatamento ele vem libertar os seus “da ira que há de vir” (1 Ts 1:10), mas em sua vinda ele vem derramar sua ira (Ap 19:15). Portanto, Jesus veio uma vez, voltará para arrebatar os que lhe pertencem, ressuscitando os mortos e transformando os vivos, e uns sete anos mais tarde virá de maneira manifesta a todo o mundo para julgar as nações e reinar por mil anos.
Se você já tem a salvação, não há com que se preocupar. A Internet está infestada de teorias conspiratórias de uma nova ordem mundial, Illuminati e invasões extraterrestres. Isso é estratégia do diabo para tirar nossos olhos de Cristo e colocá-los nas circunstâncias, como Pedro, “quando reparou no vento, ficou com medo” e começou a afundar (Mt 14:30). Para os que já têm sua salvação assegurada valem estas palavras: “Não se deixem abalar nem alarmar tão facilmente... como se o dia do Senhor já tivesse chegado” (2 Ts 2:2). Afinal, quando você se converteu “deixando os ídolos a fim de servir ao Deus vivo e verdadeiro”, não foi para ficar amedrontado com conspirações, mas para “esperar dos céus a... Jesus, que nos livra da ira que há de vir” (1Ts 1:9-10).
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