Perseverar em oração
Jesus continua sua aula sobre oração com o exemplo de um homem que recebe uma visita inesperada e bate à porta de seu amigo à meia-noite pedindo três pães emprestados para alimentar o visitante. O amigo, que não quer ser importunado, responde que não pode levantar-se para ir buscar os pães. A lição ensinada por Jesus é que “embora ele não se levante para dar-lhe o pão por ser seu amigo, por causa da importunação se levantará e lhe dará tudo o que precisar” (Lucas 11:8).
O objetivo do exemplo não é dizer que Deus se sente importunado com nossas orações, mas que devemos ser persistentes. Deus é acessível a qualquer ser humano, e sem intermediários. Você não encontra Jesus dispensando alguém que o tenha procurado, dizendo: “Vá a Pedro” ou “Peça a Maria”. Ele disse “Venham a mim”. Querer colocar alguém para intermediar nossas orações é não conhecer quem é esse Pai amoroso que está pronto a receber nossos pedidos por meio de Jesus. Paulo escreve a Timóteo: “Há um só Deus e um só mediador [ou intermediário] entre Deus e os homens: o homem Cristo Jesus” (1Tm 2:5).
Mas apesar de não precisarmos de intermediários para falar com Deus, a história contada por Jesus traz mais uma lição. Você percebeu que o homem não procura seu vizinho para suprir sua própria necessidade, mas sim a do hóspede inesperado? Estamos sempre prontos a pedir por nós, mas quantas vezes nos lembramos de interceder por outros? O homem talvez suportasse a fome até o amanhecer, mas ele não está pensando em si mesmo. Está preocupado com as necessidades do hóspede, e isto nos leva a outra prática importante para o cristão.
Hebreus 13:2 diz: “Não se esqueçam da hospitalidade; foi praticando-a que, sem o saber alguns acolheram anjos”. No mesmo capítulo são indicados dois sacrifícios que agradam a Deus, o louvor e a beneficência. Lá diz: “Por ele [Cristo] ofereçamos a Deus sem cessar sacrifícios de louvor, isto é, o fruto dos lábios que celebram o seu nome. Não negligencieis a beneficência e a liberalidade. Estes são sacrifícios que agradam a Deus” (Hb 13:15-16). Mas repare que a ajuda ao próximo é algo que devemos fazer, e não esperar ou exigir que outros nos façam.
Em uma cristandade cheia de pregadores que vivem pedindo para si mesmos, que bom seria se seguíssemos o exemplo de Paulo em Atos 20:33-35: “Não cobicei a prata nem o ouro nem as roupas de ninguém. Vocês mesmos sabem que estas minhas mãos supriram minhas necessidades e as de meus companheiros. Em tudo o que fiz, mostrei-lhes que mediante trabalho árduo devemos ajudar os fracos, lembrando as palavras do próprio Senhor Jesus, que disse: ‘Há maior felicidade em dar do que em receber’”.
Se há maior felicidade em dar do que em receber, quem poderia ser chamado de “o mais feliz” do Universo? A resposta você encontra nos próximos 3 minutos.
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