Coisas são abertas

Lucas 24:25-32

O conhecimento e apreciação de Cristo começam quando ele nos abre as Escrituras. Com os discípulos no caminho de Emaús, Jesus não traz novas revelações, mas fala do que já fora revelado. “E começando por Moisés e todos os profetas, explicou-lhes o que constava a respeito dele em todas as Escrituras.”. Delas os discípulos comentariam mais tarde, dizendo: “Não estavam ardendo os nossos corações dentro de nós, enquanto ele nos falava no caminho e nos expunha as Escrituras?” (Lucas 24:27-32).

A fé cristã não existe independente das Escrituras. Você não pode criar um Jesus segundo os seus próprios caprichos. Ou você crê no que é revelado na Bíblia, ou você não crê em Jesus de maneira alguma. Pessoas insatisfeitas com as Escrituras correm atrás de “fábulas profanas de velhas”, mas “o Espírito diz claramente que nos últimos tempos alguns abandonarão a fé e seguirão espíritos enganadores e doutrinas de demônios. Tais ensinamentos vêm de homens hipócritas e mentirosos, que têm a consciência cauterizada” (1Tm 4:1-2, 7).

Três coisas são abertas aos discípulos: As Escrituras, os olhos e o entendimento. As Escrituras são o ponto de partida para se conhecer a Cristo. Sempre que o Senhor abre as Escrituras a alguém, passa a existir nesse coração o desejo de querer mais e de não perder sua companhia. Isto é o que distingue um verdadeiro crente de um mero religioso. “Fique conosco”, é a reação dos discípulos ao chegarem a Emaús, quando o Senhor parece querer seguir adiante sozinho. São eles que convidam Jesus a entrar e ficar, não o contrário. Quando as Escrituras fazem arder o seu coração, seu maior desejo é que o Senhor fique sempre com você.

Então, ele entrou para ficar com eles. Quando estava à mesa com eles, tomou o pão, deu graças, partiu-o e o deu a eles. Então os olhos deles foram abertos e o reconheceram, e ele desapareceu da vista deles” (Lucas 24:29-31). Esse ato de intimidade e comunhão faz com que seus olhos sejam abertos. Mas por que o Senhor desaparece da vista deles? Porque, com os olhos da alma abertos, eles não precisarão mais ver para crer. Poderão continuar desfrutando do Senhor e de sua presença mesmo durante a sua ausência, a qual já dura mais de dois mil anos. Mais tarde, quando eles estiverem reunidos com os outros discípulos em Jerusalém e o Senhor se colocar no meio deles, será a vez de lhes abrir o entendimento. Como ele continua fazendo ainda hoje, ao valorizarmos a Pessoa de Cristo, e mais ninguém, quando estamos congregados ao seu Nome.

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