O cerco de Jerusalém

Lucas 21:20-24

Os versículos 20 ao 24 de Lucas 21 falam do cerco de Jerusalém e da destruição do Templo pelos romanos no ano 70. Quando Jesus diz que não ficaria pedra sobre pedra ele falou sério. O Templo foi incendiado e todo o ouro dos revestimentos, vasos e utensílios se derreteu infiltrando-se por entre as pedras da construção. Para recuperá-lo os romanos desmontaram pedra por pedra, deixando no lugar apenas a laje, hoje ocupada por uma mesquita, e um muro de arrimo conhecido como “Muro das Lamentações”.

Quando virem Jerusalém rodeada de exércitos, vocês saberão que a sua devastação está próxima... pois esses são os dias de vingança, em cumprimento de tudo o que foi escrito... haverá grande aflição na terra e ira contra este povo. Cairão pela espada e serão levados como prisioneiros para todas as nações. Jerusalém será pisada pelos gentios até que os tempos deles se cumpram” (Lucas 21:20-24).

Esse cerco e destruição foram profetizados por Daniel no capítulo 9 de seu livro. Dos versículos 23 ao 27 o profeta fala de um período de 490 anos da história e do futuro de Israel que começa com a reconstrução de Jerusalém e do Templo descrita em Esdras e Neemias. Então o profeta revela a vinda e morte do Messias, seguidas do cerco e destruição da cidade e do Templo ocorridos no ano 70 da era cristã. A profecia ignora o período de quase dois mil anos da Igreja e passa a tratar dos sete últimos anos que precedem a volta de Cristo para julgar as nações e estabelecer seu reino.

É nesse período de sete anos, ou “semana”, que o anticristo, o “governante que virá” (Dn 9:26), fará uma aliança com os judeus, porém os enganará. Esse “governante” será líder do mesmo povo que destruiu o Templo há dois mil anos, o que nos dá a entender que o Império Romano será restabelecido com um misto de totalitarismo e democracia. A estátua do sonho de Nabucodonosor, decifrado por Daniel no capítulo 2 de seu livro, tinha as pernas de ferro, representando o Império Romano, e os pés de ferro misturado com barro indicavam um ressurgimento do mesmo império, porém como uma mescla de poder autoritário e vontade do povo.

Sugiro a leitura de Daniel 9:23-27 antes dos próximos 3 minutos, quando contarei o que aconteceu com um judeu que foi confrontado com esta mesma profecia. Esse povo, que rejeitou e matou seu Messias, dará as boas-vindas ao anticristo juntamente com a cristandade apóstata que ficar na terra após o arrebatamento da Igreja.

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