A defesa da fé

Lucas 22:49-51

Ao chegarem os guardas trazidos por Judas, “Os que estavam com Jesus lhe disseram: ‘Senhor, atacaremos com espadas?’. E um deles feriu o servo do sumo sacerdote, decepando-lhe a orelha direita” (Lucas 22:49-50). O Evangelho de João revela que foi Simão Pedro quem atacou Malco, o servo do sumo sacerdote encarregado de prender Jesus. Pedro não era um soldado acostumado ao manejo da espada e pode muito bem ter mirado no pescoço ou na cabeça do homem, mas acertou apenas a orelha. Pedro é imediatamente repreendido por Jesus:

Guarde a espada! Pois todos os que empunham a espada, pela espada morrerão. Você acha que eu não posso pedir a meu Pai, e ele não colocaria imediatamente à minha disposição mais de doze legiões de anjos? Como então se cumpririam as Escrituras que dizem que as coisas deveriam acontecer desta forma?” (Mt 26:52-54).

Paulo escreve que, “embora vivamos como homens, não lutamos segundo os padrões humanos. As armas com as quais lutamos não são humanas; pelo contrário, são poderosas em Deus para destruir fortalezas. Destruímos argumentos e toda pretensão que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levamos cativo todo pensamento, para torná-lo obediente a Cristo” (2 Co 10:3-5). Tudo isso mostra claramente que os métodos do cristão para a defesa da fé não são os métodos dos homens.

Efésios 6:13-18 ensina que a “armadura de Deus”, ou equipamento de batalha do cristão, em nada se assemelha aos armamentos usados pelos homens em suas guerras. Ela inclui “o cinto da verdade”, que dá firmeza ao corpo, “a couraça da justiça”, que protege o coração e seus sentimentos, e “o pés calçados com a prontidão do evangelho da paz” para trilharem a senda de Jesus. Para se defender o crente possui “o escudo da fé, com o qual vocês poderão apagar todas as setas inflamadas do Maligno” e “o capacete da salvação” que protege sua mente. A única arma ofensiva é a espada, mas nem um pouco parecida com aquela usada por Pedro. Trata-se da “espada do Espírito, que é a Palavra de Deus”.

Os cristãos devem destacar a presença de “Cristo como Senhor no coração” e estarem “sempre preparados para responder a qualquer que lhes pedir a razão da esperança” que possuem, porém “com mansidão e respeito, conservando boa consciência”, pois “é melhor sofrer por fazer o bem, se for da vontade de Deus, do que por fazer o mal” (1 Pe 3:15-17).

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