Que farei?

Lucas 18:18-23

Certo homem importante lhe perguntou: ‘Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna?’. ‘Por que você me chama bom’, respondeu Jesus. ‘Não há ninguém que seja bom, a não ser somente Deus. Você conhece os mandamentos: ‘Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não darás falso testemunho, honra teu pai e tua mãe’. ‘A tudo isso tenho obedecido desde a adolescência’, disse ele. Ao ouvir isso, disse-lhe Jesus: ‘Falta-lhe ainda uma coisa. Venda tudo o que você possui e dê o dinheiro aos pobres, e você terá um tesouro nos céus. Depois venha e siga-me’. Ouvindo isso, ele ficou triste, porque era muito rico” (Lucas 18:18-23).

Jesus decide testar esse príncipe de Israel. Ao chamar Jesus de “bom” ele aprende que ninguém é bom, exceto Deus. O teste é para ver se ele reconhece que Jesus é Deus, mas isto não acontece. Ele está mais interessado em si mesmo e em receber a vida eterna. Então Jesus faz outro teste. Ele quer saber o que fazer? Então aqui vai uma lista que tem apenas cinco mandamentos que falam da responsabilidade do homem para com o seu próximo. Jesus omite os quatro primeiros mandamentos da Lei dada aos judeus que falavam da responsabilidade para com Deus.

Mas aquele homem se gaba de estar em dia com todos esses cinco mandamentos. Afirma que nunca adulterou, matou, furtou, mentiu ou deixou de honrar pai e mãe. Você conhece alguém assim? Mesmo que ele não tivesse praticado adultérios, homicídios ou roubos, em outra passagem dos evangelhos Jesus ensina que o simples desejo de fazê-lo é pecado. Nunca mentiu? Nunca desobedeceu seus pais? Se ele for feito da mesma carne que eu então não posso acreditar no que diz.

No Evangelho de Mateus, Jesus resume a Lei e os Profetas em dois mandamentos: “Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento e... ame o seu próximo como a si mesmo” (Mt 22:37-40). Se este homem realmente amasse o seu próximo como a si mesmo não teria problemas em dar sua fortuna aos pobres, e se amasse a Deus de todo o coração seguiria a Jesus. Mas ele não faz nem uma coisa nem outra, pois amava a si mesmo e às suas riquezas mais que a seu próximo e a Deus.

Seu problema não era a riqueza, mas a avareza. Outros ricos, como Nicodemos e José de Arimateia, não foram testados do mesmo modo porque não confiavam nas riquezas e queriam seguir a Jesus.

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