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O lugar de reuniões deve ser chamado de Casa de Oração?

Depois de ler Mateus 21:13, Marcos 11:17 e Lucas 19:46 você perguntou se a “Casa de Oração” à qual Jesus se refere citando Isaías 56:7 seria hoje a assembleia congregada ao nome do Senhor. A partir disso você ficou em dúvida se seria correto identificar o local onde a assembleia está reunida com uma placa de “Casa de Oração”.

(Mt 21:13) “E disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração; mas vós a tendes convertido em covil de ladrões”.

(Mc 11:17) “E os ensinava, dizendo: Não está escrito: A minha casa será chamada, por todas as nações, casa de oração? Mas vós a tendes feito covil de ladrões”.

(Lc 19:46) “Dizendo-lhes: Está escrito: A minha casa é casa de oração; mas vós fizestes dela covil de salteadores”.

(Is 56:7) “Também os levarei ao meu santo monte, e os alegrarei na minha casa de oração; os seus holocaustos e os seus sacrifícios serão aceitos no meu altar; porque a minha casa será chamada casa de oração para todos os povos”.

É preciso entender que os evangelhos ocorrem ainda dentro do período da Lei mosaica, portanto o templo era a casa de Deus neste mundo e o local de oração para todos os povos. Em nenhum lugar do Antigo Testamento você encontra os profetas fazendo referência à igreja, pois era um mistério que só seria revelado depois a Paulo. Tudo o que eles profetizaram dizia respeito a Israel, portanto a “Casa de Oração” da qual Isaías fala é a mesma “Casa de Oração” mencionada por Jesus, ou seja, o Templo de Jerusalém. Na época à qual Isaías se refere os povos viajarão de todo o mundo (durante o reino milenial de Cristo) para adorar no templo em Jerusalém.

(Zc 8:3-23) “Assim diz o Senhor: Voltarei para Sião, e habitarei no meio de Jerusalém; e Jerusalém chamar-se-á a cidade da verdade, e o monte do Senhor dos Exércitos, o monte santo.... Assim diz o Senhor dos Exércitos: Ainda sucederá que virão os povos e os habitantes de muitas cidades. E os habitantes de uma cidade irão à outra, dizendo: Vamos depressa suplicar o favor do Senhor, e buscar o Senhor dos Exércitos; eu também irei. Assim virão muitos povos e poderosas nações, a buscar em Jerusalém ao Senhor dos Exércitos, e a suplicar o favor do Senhor. Assim diz o Senhor dos Exércitos: Naquele dia sucederá que pegarão dez homens, de todas as línguas das nações, pegarão, sim, na orla das vestes de um judeu, dizendo: Iremos convosco, porque temos ouvido que Deus está convosco”.

Deus providenciou para que não restasse pedra sobre pedra do Templo para que não houvesse dúvida de que na atual dispensação Jerusalém não é o lugar de adoração e nem o Templo a “Casa de Oração”. Mas certamente o templo será reconstruído e voltará a ser o lugar designado por Deus para a adoração na terra, e é dessa época que Isaías está falando. Mas quando isso acontecer a igreja já não estará aqui, e sim um remanescente judeu fiel que sofrerá toda a perseguição perpetrada pelo anticristo e seus seguidores no período conhecido como “grande tribulação”.

Até a época dos evangelhos o lugar de adoração era físico, possuía uma estrutura física, um clero, instrumentos musicais, rituais ensaiados, utensílios santificados e uma série de coisas previstas pela Lei. Mas isso mudaria quando a Igreja fosse formada e os cristãos passassem a se reunir ao nome de Jesus. A pessoa de Jesus seria o que identificaria os salvos por ele, e não um lugar físico.

(Jo 4:20-24) “Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar. Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus. Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade”.

Os judeus adoravam em verdade (no lugar certo, com os rituais certos), porém não em espírito. Hoje os cristãos podem adorar em espírito, mas nem todos adoram em verdade (por não adorarem segundo as Escrituras, mas segundo suas próprias invenções).

Não creio ser correto colocar hoje uma placa identificando um lugar físico como “Casa de Oração” porque isso só caberia ao templo de Jerusalém, e não a uma construção qualquer ocupada por cristãos. Qualquer tentativa de se imitar o judaísmo, quer construindo “templo”, quer identificando lugares físicos como dotados de algum tipo de deferência, só causa confusão e distorção da verdade. É preciso entender que não existe hoje um lugar físico, mas sim um lugar que é apontado pelo Espírito, onde dois ou três são congregados pelo Espírito ao nome de Jesus.

Passe uma borracha na ideia de um lugar físico de adoração (tipo templo, catedral, etc.) porque isso não existe no cristianismo bíblico. O que está ao redor (paredes, tábuas ou ar) ou sobre a cabeça dos crentes reunidos (telhas, sapé ou nuvens) não tem importância alguma. É QUEM está no meio que importa.


Mario Persona é palestrante, professor e consultor de estratégias de comunicação e marketing e autor dos livros “Laura Loft - Diário de uma recepcionista”, “Coleção O que respondi...”Coleção O Evangelho em 3 Minutos”, “Meu carro sumiu!”, “Quero um refil!”, “Crônicas para ler depois do fim do mundo”, “Dia de Mudança” (também em inglês: “Moving ON”), “Marketing de Gente”, “Marketing Tutti-Frutti”, “Gestão de Mudanças em Tempos de Oportunidades”, “Receitas de Grandes Negócios” e “Crônicas de uma Internet de verão”.

Mario Persona participou também como autor convidado das coletâneas “Os 30+ em Atendimento e Vendas no Brasil”, “Gigantes do Marketing”, “Gigantes das Vendas”, “Educação 2007”, “Professor S.A.” e “Coleção Aprendiz Legal”, além de ter sido citado como “Case Mario Persona” no livro “Os 8 Pês do Marketing Digital”. Traduziu obras como “Marketing Internacional”, de Cateora e Graham, “Administração”, de Schermerhorn, “Liberte a Intuição”, de Roy Williams, além de diversos livros de comentários sobre a Bíblia.

O autor é convidado com frequência para palestras, workshops e treinamentos de temas ligados a negócios, marketing, comunicação, vendas e desenvolvimento pessoal e profissional. Alguns temas são: Gestão de Mudanças, Criatividade e Inovação, Clima Organizacional, Gestão do Conhecimento, Comunicação, Marketing e Vendas, Satisfação do Cliente, Oratória, Marketing Pessoal, Qualidade Vida-Trabalho, Administração do Tempo, Segurança no Trabalho, Controle do Stress e Meio-Ambiente

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