O pedido

João 4:14-18

Ao conversar com a mulher samaritana à beira do poço Jesus deixa claro que a água natural obtida com esforço humano para satisfazer as necessidades humanas é efêmera. Seus benefícios duram pouco tempo, não são permanentes. Por outro lado, a água viva que ele oferece se transforma, naquele que a recebe, em uma fonte que jorra para a vida eterna, não apenas para esta vida e suas breves necessidades.

A questão é que a água viva não se obtém por esforço humano, técnicas de meditação ou mudança de atitude. É um dom ou dádiva de Deus e requer, primeiro, que a pessoa reconheça sua incapacidade de obtê-la por si própria e, segundo, que a pessoa não apenas a peça, mas que peça à pessoa certa: Jesus.

E é o que a mulher samaritana faz: “Senhor, dê-me dessa água, para que eu não tenha mais sede, nem precise voltar aqui para tirar água” (João 4:15). Apesar de reconhecer sua necessidade e pedir à pessoa certa, ela ainda continua misturando coisas naturais com espirituais. Ao crer em Jesus você não recebe um poço ou oceano, mas uma fonte de água viva que jorra continuamente. O Espírito Santo de Deus vem habitar em você, algo que só é possível porque Jesus morreu na cruz levando o juízo que você merecia por causa dos seus pecados.

Quando a mulher pede dessa água viva, Jesus revela algo mais. Até aqui você aprendeu que a salvação e as verdadeiras bênçãos espirituais não são obtidas por esforço próprio. Aprendeu também que seus benefícios são eternos e não estão limitados às nossas necessidades temporárias, que a fonte legítima dessa salvação e das bênçãos que a acompanham é Jesus, e que você deve pedir a coisa certa à pessoa certa. Embora a mulher tenha consciência de sua necessidade e incapacidade de ajudar-se a si mesma, ainda falta algo: a consciência de pecado.

Por isso Jesus diz a ela para ir chamar o marido, e a mulher responde que não tem marido. Aquele que conhece todas as coisas revela aquilo que ela já sabia: ela teve cinco homens e o atual não é seu marido. Somos todos como mulheres com cântaros vazios, mergulhadas no pecado e tentando de tudo para ser feliz. Porém, a cada tentativa só afundamos mais e saímos da experiência com um vazio ainda maior. Ali está ela, tão envergonhada de seu estado que o evangelho diz que são seis horas da tarde quando ela vai ao poço. Que importância tem a hora para ter sido registrada aqui?

Buscar água era uma atividade das mulheres, que costumavam ir ao poço cedo de manhã. Mas às seis da tarde não há ninguém ali. Será que ela escolhia aquele horário, quando o lugar estava vazio, por ter vergonha de sua condição? Seja o que for, ela agora está sozinha com Jesus, e é assim que recebemos a salvação, em um encontro pessoal com ele, sem intermediários e distrações. Mas, quando o pecado da mulher vem à tona, ela usa o mesmo argumento que usamos quando confrontados com nosso pecado. Que argumento é este? Você verá nos próximos 3 minutos.

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