Em cima do muro
Qualquer que seja a razão de irmos ou não a Jesus, ela será egoísta. Vamos a ele por estarmos doentes, necessitados ou perdidos, e o evitamos por medo de perder família, amigos ou posição na sociedade. É o caso deste capítulo 12, que diz que “muitos líderes dos judeus creram nele. Mas, por causa dos fariseus, não confessavam a sua fé, com medo de serem expulsos da sinagoga; pois preferiam a aprovação dos homens do que a aprovação de Deus” (João 12:42). Hoje diríamos que ficaram em cima do muro.
Em sua salvação não há nada de que você possa se gloriar. Ela vem de Deus, não de você. “Não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie. Porque somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermos boas obras, as quais Deus preparou de antemão para que nós as praticássemos” (Ef 2:8-10). Isso não agrada o ser humano, que adora ser bajulado pelos seis feitos. Para não perderem as regalias que têm em sua religião, alguns judeus aqui creem em Jesus, porém não o confessam como Senhor e Salvador.
Todavia, a Palavra de Deus é bem clara ao afirmar, na carta aos Romanos, que “se você confessar com a sua boca que Jesus é Senhor e crer em seu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo. Pois com o coração se crê para justiça, e com a boca se confessa para salvação” (Romanos 10:9-11).
Este capítulo fala dos que não confessavam publicamente sua fé em Jesus por medo de perderem sua posição no arraial da sociedade e religião. Você acha que isso mudou com a Igreja? Os cristãos são feitos da mesma carne que eles, portanto era de se esperar que dessem um jeitinho para que a fé do coração e a confissão da boca pudessem ser exercitadas, sem, contudo, perderem o gostinho da bajulação humana.
Por isso você encontra hoje muitos grupos de cristãos que criaram seus próprios meios de garantir um recheio para o ego. Primeiro, os dons como evangelista, pastor e mestre — que não são a mesma coisa que talentos como a habilidade de cantar, falar ou escrever — viraram títulos honoríficos como os que usamos para autoridades civis e militares.
Depois foram criados cargos eclesiásticos como diretor disso e presidente daquilo. Até mesmo títulos como “Reverendo”, que a Bíblia só usa para Deus, passaram a ser usados por homens comuns e foram criados cursos de teologia que concedem títulos honrosos como “Doutor em Divindade”. O ego adora essas coisas.
Não se engane: Jesus não teve qualquer honraria no arraial do judaísmo. Ele só experimentou desonra, vergonha e desprezo. Hoje existe igualmente uma espécie de “arraial da cristandade”, e a admoestação de Hebreus 13 vale para nós também: “Saiamos até ele, fora do acampamento, suportando a desonra que ele suportou” (Hebreus 13:13).
Nos próximos 3 minutos saiba por que é impossível que alguém creia em Deus sem crer em Jesus.
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