Por que no rádio oferecem lenços, azeite e outros objetos "ungidos"?

A questão lenços ungidos, sangue, água, xampu, etc., que são propagados pelos programas de rádio e por muitos pregadores de duvidosa idoneidade não passam de comércio. Na verdade está se cumprindo aquilo que o Senhor disse em Mateus 7:22 e também em 2 Timóteo 3:5, 13; 4:3, 4; 2 Pedro 2 (especialmente o versículo 3).

O povo é extremamente supersticioso e muitos falsos pregadores estão se aproveitando disso para vender seus "cálices sagrados", “azeites ungidos”, “água do rio Jordão”, etc., prometendo poderes miraculosos. A maioria dos que hoje professam ser crentes vieram do catolicismo e muitas religiões modernas nada mais fizeram do que dar-lhes exatamente o que já tinham no catolicismo, apenas com uma nova roupagem. No lugar da “água benta”, oferecem a “água do rio Jordão”. Há o azeite, no lugar do azeite usado na crisma do catolicismo. Há ainda os objetos diversos como sabonetes, lenços, fitas, etc., para substituir as medalhinhas, fitinhas e santinhos católicos. Se você analisar friamente certas denominações ditas cristãs, não vai achar muito diferente daquilo que é feito em Aparecida do Norte.

A própria idolatria católica começou assim. Constantino, imperador romano que oficializou o cristianismo no terceiro século, percebeu que os pagãos do império romano não iriam aceitar facilmente a "nova religião" que ele havia abraçado. Não iriam querer deixar os deuses romanos. Então ele simplesmente trocou os deuses romanos oferecendo-os “cristianizados” na figura dos “santos” do catolicismo. Assim, para certa deusa romana que, por exemplo, vestisse roupa azul, segurasse uma flor e fosse protetora dos olhos, havia uma imagem de uma santa católica com as mesmas características. Há um livro a este respeito chamado “Mitologia Dupla” de Archiminia Barreto, que é publicado pela JUERP, Caixa Postal 320 CEP 20001-970 Rio de Janeiro, RJ (não dispomos deste livro para venda).

A transferência da adoração pagã para a cristã exigiu pouca mudança. As estátuas de Júpiter e Apollo foram imediatamente transformadas em São Pedro e São Paulo, e por volta da metade do quinto século a cristandade tinha adquirido várias deidades pagãs como santos.

Segundo o Cobham Brewer Dictionary (1810–1897), em Roma, várias obras de arte feitas para deuses pagãos e imperadores romanos foram transformadas em santos católicos:

Anjos da Catedral de São Pedro em Roma são estátuas pagãs de cupidos e seres alados. O anjo Gabriel é uma estátua do deus Mercúrio. João Batista é uma estátua de Hércules. Santa Catarina é uma estátua da deusa Fortuna. São Egídio é uma estátua do deus Vulcão. São Paulo é uma estátua colocada sobre a coluna de mármore de Marco Aurélio (no lugar da estátua dele). A coluna é decorada com baixos-relevos das guerras do imperador romano. A Virgem Maria é uma estátua da deusa Isis sobre uma Lua crescente, e São Pedro é uma antiga estátua do deus Júpiter, cujo pé está gasto de bilhões de fiéis que já passaram por ali beijando e tocando a estátua de Júpiter pensando que é Pedro.

Seja no meio chamado evangélico, seja no catolicismo romano, você deve rejeitar todo esse curandeirismo e superstição que está sendo oferecido por lobos gananciosos. Cristo deve ser suficiente para o coração sincero, e não devemos correr atrás de ídolos. O fato de lenços de Paulo terem sido usados no início da igreja não nos autoriza a fazermos o mesmo. Objetos conectados à devoção logo acabam tornando-se idolatria, como aconteceu com a serpente de bronze que Moisés levantou no deserto. (veja Números 21:9 e 2 Reis 18:4).