Devemos estudar as coisas do Demônio para saber evitá-las ou combatê-las?

Você pergunta se devemos conhecer bem as religiões falsas, doutrinas demoníacas ou mesmo as coisas que Satanás introduz sutilmente em filmes, livros, arte, etc. Coincidência ou não, lembrei-me hoje de um livro que vi há muitos anos em uma livraria cristã. Seu autor escreveu um livro inteiro só para explicar os aspectos demoníacos que eram encontrados no desenho "He-Man". O desenho foi significativo para uma determinada geração, mas depois não foi mais visto. Li em algum lugar que seus criadores acabaram desempregados depois que a audiência caiu.

O objetivo do livro que aquele autor cristão escreveu não faz sentido hoje. Ele só durou enquanto o desenho durou, o que significa que o trabalho do autor em pesquisar e escrever o livro não sobreviveu tampouco. Por outro lado, temos milhares de livros cristãos escritos há mais de um século que continuam bons para a leitura porque seus autores se ocuparam com algo que iria durar: Cristo.

Não vejo muito proveito em ficar pesquisando e aprendendo as técnicas do Diabo ou os ritos pagãos, seus símbolos, cerimônias, costumes etc. Antes de minha conversão estive envolvido com tudo isso e você poderá ler o que aconteceu em www.stories.org.br/angels.html. Digo isto porque os resultados de um esforço assim não apenas não edificam, como também acabam nos entretendo no sentido errado. Ficamos ocupados com o mal, como essas ditas igrejas na TV que ficam entrevistando pessoas possessas de demônios. Já pensou você sair de casa ou investir seu tempo, só para ir ouvir o que um demônio tem a dizer?

Outra razão é que se formos fundo em nossa pesquisa do paganismo ou das religiões pagãs e demoníacas, encontraremos muitas práticas que encontramos no Antigo Testamento, como sacrifício de bodes, derramamento de sangue, construção de altares, ordenação de sacerdotes e assim por diante, muitas delas já existentes antes que Deus mandasse os israelitas fazerem aquilo. Deviam eles na época deixar de adotar aquelas coisas porque os pagãos já as utilizavam? Você encontra até mesmo crenças parecidas com as cristãs em religiões que existiam antes de Cristo. O que fazer?

Você já ouviu falar desses casos de manchas em vidros, paredes e pisos que são interpretadas como a imagem de Maria ou de Jesus e se tornam objetos de culto e adoração. Não faz muito tempo alguém viu uma mancha no vidro de sua janela e achou que era Maria. Então milhares de católicos passaram a frequentar sua casa para adorar... uma janela! A busca pelo mal neste mundo pode se transformar em algo semelhante, só que no sentido oposto. Então passamos a enxergar o Diabo em cada esquina — em cada mancha, cada sinal, cada desenho animado, livro, filme e assim por diante.

É claro que devemos nos livrar de tudo aquilo que tenha alguma conexão com Satanás e seus ardis. Mas o que fazer se fôssemos cristãos nos Estados Unidos? Andaríamos com um sinal bem claro do Diabo em nossos bolsos e nem pensaríamos em nos livrar dele.

Estou falando da nota de um dólar. No verso há uma pirâmide com um olho, algarismos romanos com a data de início do Illuminati (filosofia dualista associada com o Satanismo criada no século 18) e as palavras "Nova Ordem Mundial" em latim. Não deixaremos de utilizar dólares só por isso, não é mesmo?

Considerando que tudo o que há no mundo (sua cultura, tecnologia, agricultura, artes, escolas, etc.) não veio de Deus, mas do homem ou do diabo, seguimos nossa vida usando aquilo que podemos ou precisamos, como este computador que foi criado por descendentes dos primeiros tecnólogos, os descendentes de Caim. Procuramos evitar o que pudermos, mas cientes de que muito em breve tudo será deixado para trás.

Gosto de pensar na história do piloto de um barco que navegava por um rio perigoso, de águas revoltas e cheio de rochas pontiagudas escondidas. Alguém lhe perguntou se ele precisava conhecer todas as rochas e armadilhas para navegar ali. Ele respondeu que não. Bastava conhecer por onde passava o canal, o caminho.

Vamos ganhar muito mais se nos ocuparmos mais com o CAMINHO, ou com aquele que é o Caminho, do que com as armadilhas.