O que é ósculo?

A palavra "ósculo" que você encontra na Bíblia significa “beijo”. A saudação fraternal é algo encontrado em quase todas as epístolas. Eram cartas enviadas pelo que escrevia, bem como pelos que estavam com ele, a outros cristãos em outros lugares. Há ainda o pedido para que se saudassem uns aos outros com ósculo, ou beijo santo. O ósculo já era a forma usual de saudação tanto entre homens como entre mulheres no Oriente Médio, e ainda é hoje em alguns países. O detalhe estava em que tal ósculo praticado entre irmãos fosse “santo” (Rm 16:5-23; 1 Tessalonicenses 5:26; Tito 3:15).

Quando a má doutrina começou a se disseminar na igreja professa, a questão da saudação tornou-se um assunto mais sério. A "senhora" a quem o apóstolo João escreveu foi claramente instruída a não receber em sua casa qualquer um que não trouxesse boa doutrina, e ela não deveria nem saudar alguém assim. Fazê-lo seria tornar-se moralmente participante com ele de suas obras más. (2 João1:10-11; Romanos 16:17).

Não encontro na Bíblia alguma forma estabelecida de saudação, mas encontro que os irmãos devem saudar-se uns aos outros de um modo santo ou com amor. O importante não é a maneira, mas a comunhão que é intrínseca à salvação.

(1 Pe 5:14) "Saudai-vos uns aos outros com ósculo DE AMOR".

(1 Co 16:20) "Saudai-vos uns aos outros com ósculo SANTO".

O ósculo é bíblico e pode ser praticado, desde que seja santo. Se for dado com constrangimento, ou for motivo de escândalo, já não será conveniente ou santo aos olhos de quem dá, recebe ou observa. Creio que é muito mais fácil para alguém aceitar isso na Rússia ou na Itália, ou mesmo no oriente médio, onde os homens se beijam normalmente como um cumprimento. No Brasil o beijo entre dois homens pode ser interpretado por algumas pessoas como homossexualidade.

Portanto, cabe aí uma dose de discernimento que o cristão deve ter para saber qual reação uma saudação assim pode causar no ambiente onde está. Entendo que o ósculo deva ser usado com cautela para não escandalizar (1 Co 10:32). Às vezes quando encontro um irmão que não vejo há muitos anos posso até beijá-lo no rosto como costumava fazer com meu pai. Mas não se trata de um cumprimento automático, como fazemos ao dar a mão a alguém.