Levítico 25:20-38
(25:20-38)
"A terra é minha", o Senhor lembra ao seu povo, "pois vós sois estrangeiros e peregrinos juntamente comigo" (versículo 23). Assim como um chefe de família é responsável por seus convidados, Deus compromete-se a cuidar do bem-estar de seu povo e, de uma forma milagrosa, a cada seis anos, uma colheita tripla que permita respeitar o ano “sabático”. O cristão é ainda menos nessa terra do que um fazendeiro em Israel. Se tivermos sempre em mente o pensamento de que nada é nosso, mas que tudo pertence ao Senhor, não haveria menos cobiça em nossos corações e menos brigas entre nós? Ele está no céu, não na terra, lá possuímos verdadeiras riquezas, aquilo que é nosso (Lc 16:11-12).
Mesmo as pessoas que ficassem pobres e tivessem que se tornar servos de outros, eram para ser libertas no ano do jubileu. O Senhor Jesus nos libertou. Éramos escravos do pecado, mas Ele pagou o preço de nossa redenção. O Senhor possuía a terra. Ele apenas a emprestava para Israel. Tudo devia voltar para Ele no final. (A verdade de Deus nos foi emprestada para que desfrutássemos dela. É bom quando cuidamos bem dela!).
Em todo este capítulo, Deus se compraz em apresentar a sua maravilhosa graça ao liberar os seus. Se ocupa de seu descanso, de sua felicidade e cuida para que não sejam vítimas de corações duros de seus irmãos ou de seu próprio descuido. E em tudo isso Ele nos dá um exemplo, convidando-nos a mostrar para com os outros da mesma graça que nós mesmos somos os objetos (versículos 35 a 38). Isto nos brinda com uma oportunidade para mostrar ao Senhor que nós apreciamos sua graça e não esquecemos o que Ele tem feito por nós. (comparar com Mateus 18:32 e 33).
Levítico 25:39-55
Quando a trombeta da libertação soava (versículo 9), o escravo recuperava a liberdade, o pobre a sua posse, as famílias eram reunidas, cada herança devolvida ao seu verdadeiro dono. Era uma restauração, uma alegria geral, uma imagem do que Israel conhecerá, como também todo o mundo, quando Satanás será preso e a criação liberta da escravidão. até agora a terra padece e sofre “dores de parto”, mas a criação se alegrará na liberdade da glória dos filhos de Deus (Rm 8:21). Como o homem pobre que foi vendido a um estrangeiro (versículo 47), o povo de Israel, que por sua própria falha perdeu a sua herança, irá finalmente recuperá-la das mãos d'Aquele que o redimiu: Cristo, o verdadeiro Boaz (Rt 4).
Se Deus tem a última palavra em tudo o que diz respeito a Sua criação, podemos ter a certeza de que Ele também está libertará totalmente cada um daqueles que a Ele pertencem. Um irmão em Cristo pode ter deixado de desfrutar de sua herança e estar espiritualmente pobre, mas o pensamento do Senhor é restaurá-lo em graça, esquecendo todo o passado (não fala dos motivos que pelo qual este irmão tornou-se pobre) e fazê-lo desfrutar novamente de todas as riquezas celestiais.