Quatro testemunhos

João 5:31-44

O Antigo Testamento diz que para um testemunho ser válido é necessário ter no mínimo duas testemunhas. Por isso Jesus diz que se ele der testemunho de si mesmo o seu testemunho não é válido. Então ele aponta para pelo menos quatro testemunhos de sua divindade: João Batista, suas próprias obras, o Pai e as Escrituras.

João Batista deu testemunho da divindade de Jesus ao dizer que “aquele que vem depois de mim é superior a mim, porque já existia antes de mim” (João 1:15). Ele se referia, não apenas à primazia de Jesus, mas também à sua precedência no tempo. Apesar de ele ser seis meses mais novo do que João, Jesus já existia antes dele. João Batista também disse que “ninguém jamais viu a Deus, mas o Filho Unigênito, que está junto do Pai, o tornou conhecido” (João 1:18). E o próprio Jesus afirmou: “Quem me vê, vê aquele que me enviou” (João 12:45), e “quem me vê, vê o Pai”(João 14:9).

O próximo testemunho que Jesus apresenta de sua divindade são suas obras, as mesmas obras do Pai. Em 1 Coríntios Paulo diz que os judeus pedem sinais visíveis do poder de Deus, enquanto os gregos, ou gentios, buscam sabedoria. Por esta razão a vinda de Jesus para os judeus foi acompanhada de obras miraculosas do poder de Deus, mas Jesus foi rejeitado mesmo assim, provando que não basta ver para crer.

Em seguida Jesus fala do testemunho do próprio Pai: “O Pai que me enviou, ele mesmo testemunhou a meu respeito. Vocês nunca ouviram a sua voz, nem viram a sua forma” (João 5:37). Isto coincide com o testemunho de João Batista, de que “ninguém jamais viu a Deus, mas o Filho Unigênito, que está junto do Pai, o tornou conhecido” (João 1:18).

Finalmente vem o testemunho das Escrituras, que nos tempos de Jesus se limitavam ao Antigo Testamento. Aqueles fariseus e escribas estudavam cuidadosamente as Escrituras por acreditarem encontrar nelas a vida eterna, sem perceber que elas testificavam de Jesus.

Agora Jesus revela o real motivo de não ser recebido pelos judeus: “Vocês não querem vir a mim para terem vida” (João 5:40). Era tudo uma questão de vontade, de querer, o mesmo obstáculo para todo ser humano. Nós, por natureza, não queremos ir a Jesus para termos vida eterna, e foi por isso que ele explicou a Nicodemos um pouco antes que era necessário nascer de novo, nascer do alto, tornar-se nova criatura.

Por não terem o amor de Deus, os judeus receberiam qualquer um que viesse em seu próprio nome. Eles amavam a si mesmos e gostavam de bajular outros homens e serem bajulados por eles. Todos nós somos assim. Mas Jesus, que não veio buscar glória ou aplausos, como se fosse uma celebridade qualquer, não interessava àqueles fariseus, incapazes de enxergar Jesus nos escritos de Moisés.

Mas o que Moisés teria escrito de Jesus? Veja nos próximos 3 minutos.

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