Cristo, o centro

João 12:1-3

O capítulo 12 do Evangelho de João abre com uma cena que representa bem a nova vida em Cristo. Estamos outra vez em Betânia, naquele lar onde Jesus tem o prazer de estar, cercado por Lázaro, Marta e Maria. Os três nos ajudam a enxergar melhor o que é ter a Jesus como o único centro de comunhão, serviço e adoração.

Lázaro representa a nova vida, vivida em comunhão com Jesus no poder da ressurreição. Há pouco ele era um homem morto, mas foi chamado para fora da morte por Jesus. Agora seu prazer está em passar seu tempo na presença daquele que o salvou.

Marta está ocupada em servir, mas não como da outra vez, quando foi repreendida por fazer do serviço o centro de suas atenções. Em Lucas 10 diz que Marta estava “preocupada e inquieta com muitas coisas”. Lá ela reclamava por ter de fazer tudo sozinha, enquanto Maria ficava aos pés de Jesus ouvindo sua palavra. O Senhor a repreendeu, então, com estas palavras: “Marta! Marta! Você está preocupada e inquieta com muitas coisas; todavia apenas uma é necessária. Maria escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada” (Lucas 10:40-42).

Agora, em nosso capítulo, Marta, que viu seu irmão ressuscitar, também serve em novidade de vida. O centro de suas atenções não está mais no serviço, mas no Senhor a quem ela serve. Ela aprendeu a se ocupar com Jesus, e com ele somente.

Maria continua aos pés de Jesus, porém agora não está ali como aluna, mas como adoradora. Ela derrama um perfume caríssimo sobre seus pés e os enxuga com seus cabelos. Por mais que serviço e aprendizado sejam importantes, o Pai não busca por servos ou alunos. O Pai procura adoradores que o adorem em espírito e em verdade.

Porém não existe adoração real se esta não estiver focada no fundamento da obra de Jesus: seu sacrifício na cruz. Ele próprio ensina isto, ao dizer que aquilo que Maria faz aponta para a sua morte.

No céu os salvos irão adorar ao Cordeiro que foi morto e com o seu sangue comprou para Deus homens de toda tribo, língua, povo e nação. Na terra, a expressão máxima da adoração está no “Fazei isto em memória de mim” (Lucas 22:19). Na ceia, pão e vinho são um retrato do corpo e do sangue de Jesus sacrificado. Mas mesmo ali, não é o pão e o vinho o centro das atenções, mas o que eles representam: Jesus na morte.

Quando Jesus curava doenças ou multiplicava os pães, era seguido por multidões interessadas em boa saúde e barriga cheia. Mas, quando o assunto é adoração, vemos estes três irmãos em sua presença, tendo a ele como o centro das atenções. O que atrai você? Um pregador eloquente, uma banda afinada, um show de milagres... ou só Jesus?

Nos próximos 3 minutos Judas troca Jesus pelos pobres.

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