Depois da cura

João 5:10-16

Depois de curar o homem que jazia enfermo por trinta e oito anos, Jesus diz para ele pegar a maca onde jazia e sair dali caminhando. Quando os judeus religiosos veem aquele homem carregando sua maca, dão a maior bronca. Querem saber por que ele transgredia o mandamento do Sábado, que proibia carregar algo ou fazer algum trabalho neste dia.

Ele responde que um homem, o mesmo que o havia curado, disse que ele podia ir embora carregando sua maca. Ele não sabe quem é aquele homem, mas acaba reencontrando Jesus no templo. Isso faz sentido. Se nos lembrarmos de que o objetivo de Deus ao salvar alguém é transformá-lo em um adorador, a ida daquele homem ao templo era um testemunho de sua real transformação.

No capítulo 9 do livro de Atos, o Senhor manda Ananias ir se encontrar com Saulo, o ferrenho perseguidor dos cristãos que tinha acabado de se converter a Cristo. Para identificá-lo, o Senhor diz a Ananias: “Vá à casa de Judas, na rua chamada Direita, e pergunte por um homem de Tarso chamado Saulo. Ele está orando” (Atos 9:11). A oração era uma característica de sua conversão.

A primeira reação de quem se converte a Cristo é buscar a Deus, em oração, ações de graças e adoração, pois foi para termos comunhão com ele que Deus nos criou. Amar a sua Palavra, fazer a sua obra e ter aversão ao pecado são outros resultados de uma conversão real. Todas essas coisas, porém, são os vagões que acompanham a locomotiva de uma salvação já consumada. Aquele homem não foi ao templo para ser curado. Ele foi porque tinha sido curado.

É claro que junto com os benefícios vêm as responsabilidades, por isso Jesus diz ao homem: “Olhe, você está curado. Não volte a pecar, para que algo pior não lhe aconteça” (João 5:14). Ele não diz o que seria esse “algo pior”, mas deixou evidentes duas coisas. Primeiro, que o padrão de santidade estabelecido por Deus é sempre absoluto. Ele não diz “procure não pecar” ou “não peque muito”, mas simplesmente “não volte a pecar”. Segundo, que o pecado sempre traz consequências ruins.

Embora um verdadeiro crente não possa perder a salvação, ele pode perder a comunhão, a alegria, a saúde e até a própria vida como consequência do pecado. Deus é um Pai que disciplina cada filho desobediente. Embora uma disciplina assim pareça severa, se avaliada numa perspectiva eterna ela dói menos do que uma chinelada tomada na infância. Mas, na hora, pode apostar que a chinelada de Deus também dói.

Mais tarde, o homem que fora curado conta aos religiosos judeus que o nome daquele que o curou é Jesus. Os judeus vão reclamar com Jesus por ele curar no sábado, e o que Jesus diz a eles está além da imaginação de qualquer judeu. Você vai saber o que é nos próximos 3 minutos.

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