O QUE SUCEDEU NUMA TRINCHEIRA
CERTA MANHÃ, estávamos defendendo uma trincheira, na histórica região de Somme, bombardeados, como de costume, pelo fogo inimigo. De repente, vimos uma nuvem negra de fumaça ao explodir um projétil cujos estilhaços zuniam ao passar por nossos pés. Então o pobre companheiro Bertrand caiu por terra. James “Pequeno” (que tinha quase dois metros de altura!) e outro soldado saltaram para a cova produzida pela explosão e levantaram-no, verificando logo que seu estado era desesperador. Não havia posto de socorro perto, e alguns soldados juntaram uns sacos vazios, dos que tinham estado cheios de areia, e um velho capote, e encostaram neles o Bertrand, no fundo da trincheira, para morrer.
Passado pouco tempo, James ficou surpreendido ao ouvir uma voz perguntando: — Pode me dizer qual o caminho para o Céu?
James saltou para perto de Bertrand e respondeu: — O caminho para o Céu? Sinto muito, meu amigo, mas não sei! Vou perguntar aos outros.
Voltou ao banco de tiro e perguntou ao companheiro mais próximo, mas este também ignorava o caminho. A pergunta foi passando de um para outro: “O Bertrand está morrendo e quer saber qual o caminho para o Céu; você pode informar?” A pergunta passou por dezesseis soldados naquela trincheira, sem que qualquer deles pudesse explicar ao amigo moribundo como ele poderia ser salvo! Imagine! Dezesseis jovens criados num país que se diz cristão, e nenhum deles podia prestar auxílio a um amigo na hora da morte! É muito triste ver um amigo morrer sem poder ajudá-lo! De nada serve consolá-lo com aquilo se supõe ou se imagina! Ah, não, o que ele necessita é a verdade!
Quantos há como aqueles dezesseis! E você, o que diria? Será que você poderia abrir o velho livro da Palavra de Deus, a Bíblia, e mostrar-me o lugar onde claramente se explica o Caminho que Deus indica para o Céu?
O décimo sexto soldado saltou do banco de tiro e foi correndo para o próximo posto, onde outro se mantinha alerta. Este sentiu uma mão batendo em suas costas e ouviu o companheiro, que gritava: — Há um dos nossos que foi atingido; está prestes a morrer e deseja saber o caminho para o Céu. Você pode dizer-lhe?
Virando-se, o interrogado respondeu, com um sorriso iluminando seu rosto: — Sim, eu posso! Enfiando a mão no bolso da camisa, tirou um Novo Testamento e, abrindo-o rapidamente, observou: — Vê este versículo sublinhado à lápis?. Coloque seu dedo neste versículo. Diga a ele que é este o caminho.
O décimo sexto soldado voltou correndo, passou a mensagem e o Novo Testamento de um para outro e, logo depois, James “Pequeno” o tinha em sua mão. Novamente aproximou-se de Bertrand, que jazia imóvel. Tocou-lhe no ombro e vagarosamente Bertrand abriu os olhos.
— Está aqui, Bertrand, querido amigo; aqui está o caminho para o Céu: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16).
Logo, uma imensa paz expressou-se no rosto de Bertrand que, com a voz sufocada, procurava dizer: — Todo aquele...
Depois, mostrou-se calmo e sereno. De repente, dando um último suspiro, exclamou: — TODO AQUELE! — e morreu.
Que grande mudança, passar de um campo de batalha para a presença de Cristo!
Querido amigo, eu, que também fui soldado, e que também já encontrei o Caminho, desejo assegurar a você que isto é a verdade: JESUS é, verdadeiramente, o Salvador real; JESUS, que disse, “Eu sou a Porta; se alguém entrar por Mim, salvar-se-á” (Jo 10:9); JESUS que morreu para nos levar a Deus; Ele próprio, que está agora assentado à destra de Deus, coroado de honra e de glória; Ele é o único Salvador e o único Caminho para o Céu. Ele mesmo disse: “EU SOU o Caminho, e a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai, senão por Mim” (Jo 14:6).
“E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens pelo qual devamos ser salvos” (Atos 4:12).