COMO FOI NOS DIAS DE NOÉ
AS CONDIÇÕES DO MUNDO, hoje em dia, assemelham-se àquelas que prevaleciam nos dias de Noé, quando os homens tinham se corrompido a ponto de se frisar que “encheu-se a terra de violência” (Gn 6:11), e Deus teve que lavrar sentença de condenação contra ela.
Deus avisou aos de então: “Não contenderá o meu Espírito para sempre com o homem... farei chover sobre a terra quarenta dias e quarenta noites; e desfarei de sobre a face da terra toda a substância que fiz” (Gn 6:3; 7:4). Porém aqueles homens não quiseram dar ouvidos, tal como sucede também hoje em dia.
Referindo-se àquele caso, o Senhor Jesus disse: “Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do Homem” (Mt 24:38,39).
“E olhai por vós, não aconteça que... venha sobre vós de improviso aquele dia” (Lc 21:34).
É provável que as pessoas de então julgassem estar vivendo numa época de esplêndido progresso. Muitos dos sábios daquela época diriam: “Você está completamente enganado, Noé; só você tem essa opinião, portanto é melhor deixar de trabalhar na construção desse navio gigante e parar de proclamar ideias tão estranhas. Venha aproveitar a vida; não seja um fanático, de mentalidade tão retraída. Será que você acha que todo o mundo está enganado e que só você conhece a verdade?” “E viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra” (Gn 6:5). Igualmente, hoje em dia Deus toma conhecimento de todas as coisas vis e ferozes que se cometem.
Veio o dilúvio, e arrebatou-os a todos, com exceção daqueles que se haviam refugiado na arca com Noé. Todos quantos não estavam, com Noé, fechados dentro da arca, estavam do lado de fora daquela porta fechada. Para esses tais já não havia qualquer esperança de salvação; era já demasiado tarde!
De igual modo, as condições que logo hão de prevalecer serão exatamente semelhantes às dos dias de Noé; sim, para grande surpresa dos homens. O mundo será apanhado desprevenido, com tão grande espanto como o foi então. Apenas hão de escapar aqueles que se tenham refugiado no bendito Salvador. Deus está proclamando aos homens em alta voz: “E já está próximo o fim de todas as coisas” (1 Pe 4:7). “Já a vinda do Senhor está próxima” (Tg 5:8).
Embora terríveis, essas guerras mundiais são apenas as aflições preliminares da grande tribulação que se aproxima, “grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tão pouco há de haver” (Mt 24:21). Não será um dilúvio, como nos dias de Noé, mas algo incomparavelmente pior.
Ah! terra orgulhosa! Que angústias por ti esperam!
Tais como nunca antes no passado viste!
Mais que as agonias que sempre te dilaceram, Desde as mais breves até aquela que ainda persiste.
Aquele que morreu na cruz do Calvário, o bondoso Salvador que hoje está na gloria, virá outra vez em todo o poder e majestade da Sua eterna divindade, para julgar aqueles que O tem rejeitado! (2 Tessalonicenses 1 e 2). Aqueles que se preocupam com o estado deste mundo estão percebendo que os dias da atualidade são deveras ameaçadores. Os governantes estão consternados.
“Homens desmaiando de terror na expectação das coisas que sobrevirão ao mundo” (Lc 21:26).
As nações mais privilegiadas têm se tornado, nestes últimos anos, materialistas, amantes dos prazeres, agindo, em todos os sentidos, como se a existência de Deus nada venha a influir em sua maneira de proceder. Deus dotou o homem com uma mente, de inteligência, da qual este se serve para argumentar contra Ele (e hoje mais do que nunca), para inventar armas de destruição diabólicas, com as quais possa matar os seus semelhantes!
No decorrer de todos estes séculos, os homens têm tentado em vão remendar o pobre mundo, por meio de educação e instrução, da reforma, da legislação e toda a espécie de governos políticos. Porém, como o PECADO jaz no coração de todo homem, e “enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso” (Jr 17:9), todos os esforços da parte dos homens serão inúteis — nunca proverão remédio permanente para os males do mundo. Deus não Se esquece de que o mundo é culpado pela morte de Seu Filho, e disso brevemente pedirá contas. “E visitarei sobre o mundo a maldade” (Isaías 13:11). “O Seu sangue é requerido” (Gn 42:22). Contudo, na Sua graça, ainda apresenta Jesus, o crucificado, como o único meio de salvação.