A eleição de um "Pastor"
Atualmente a prática na igreja para se escolher um (assim chamado) "Pastor" é contrária às Escrituras. Estamos nos referindo ao processo como um clérigo passa a presidir uma igreja local. O procedimento usual é que o candidato a "Pastor" ou "Ministro" seja convidado pela (assim chamada) igreja, para ter a oportunidade de demonstrar suas habilidades fazendo alguns sermões. Se a sua pregação for aceitável para as pessoas daquela igreja, elas votarão nele para ser o "Pastor" delas. Mais uma vez, esta não é a ordem de Deus.
Para começar, a Palavra de Deus, que deve sempre ser nosso guia, não fornece qualquer instrução neste sentido. A verdade é que não existe na Bíblia uma única assembleia que tenha escolhido um pastor! Nem sequer uma! Tampouco encontramos que algum apóstolo em qualquer ocasião tenha nomeado um pastor para uma igreja local. As Escrituras até mesmo alertam contra a escolha de mestres pela igreja, quando diz: "Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências" (2 Tm 4:3).
Além disso, a ideia de se nomear um "Pastor" não passa de um princípio mundano de democracia. A igreja não é uma democracia. É um engano pensar que seja correto dar poder de voto a pessoas jovens e recém-convertidas. Elas simplesmente não estão firmadas na verdade e nem foram experimentadas o suficiente nas coisas divinas para poderem formar um juízo espiritual de tamanha magnitude.
Há de se considerar também que tal prática coloca o homem em uma posição bastante estranha. Se ele desejasse muito aquela posição na organização, ficaria tentado a falar às pessoas o que elas gostariam de ouvir. Geralmente seriam tópicos como "Amor e Casamento" ou "Profecia". Qualquer tipo de ministério dirigido à consciência provavelmente seria deixado para o final de sua lista. Mesmo depois de assumir sua posição na igreja, ele seria constantemente confrontado com a possibilidade de comprometer a verdade a fim de satisfazer as pessoas, por saber que se a audiência caísse, sua posição e emprego correriam risco. Seu papel seria deixar a congregação contente. O resultado disso é que as pessoas poderiam acabar controlando esse "Pastor" -- e geralmente é o que acontece na prática -- para que ele fosse o tipo de ministro que elas gostariam de escutar. Vivendo sob esse tipo de obrigação ele realmente acabaria se tornando o "Pastor" das pessoas. Compare isso com Juízes 17:7-13 ("tenho um levita por sacerdote").