REDE LANÇADA AO MAR

Então vemos tudo sendo capturado pela parábola da rede, que é lançada ao mar. (vers. 47-50) Trata-se de uma figura utilizada para nos recordar que nossas energias e desejos devem ser dirigidos para aqueles que estão flutuando no mar deste mundo. A rede foi lançada ao mar, e trouxe de tudo, “e, estando cheia, a puxam para a praia; e assentando-se, apanham para os cestos os bons; os ruins, porém lançam fora”. Quem são os que fazem tal serviço? Nós nunca encontramos anjos reunindo o que é bom, mas sempre separando os ímpios para o juízo. Os pescadores são homens, como os servos da primeira parábola. Mas não é apenas o evangelho que temos aqui. A rede recolhe de tudo; mas acaso não é melhor colocar o que é bom nos cestos? Não é isto reunir os santos em conformidade com Deus? É-nos mostrado que em meio a tudo o que é recolhido, antes que o Senhor retorne em juízo, deve haver uma poderosa operação do Espírito por meio dos pescadores de homens, reunindo santos de uma maneira ímpar. Não será isto o que está acontecendo agora? O evangelho está sendo pregado com grande poder em todas as terras. Mas existe algo mais acontecendo ─ a reunião do que é bom para ser colocado em vasos. Isto não acontece nos céus. Os que são ruins são lançados fora; mas não se trata do fim deles. Algo mais lhes está reservado ─ a fornalha de fogo. Mas temos essa informação adicional no versículo seguinte: “virão os anjos, e separarão os maus dentre os justos”. A atividade dos anjos é sempre voltada para o ímpio; a dos servos é para com o bom. Afinal de contas, juntar os ruins dentre os bons não é um trabalho do pescador; e lançar fora o que é mau não é o mesmo que lançá-lo na fornalha de fogo.