CONCLUSÃO

Nos capítulos 8 e 9 de Mateus, encontramos exemplos de surpreendentes mudanças. Assim, a travessia do lago na tempestade que é repreendida, a cura dos endemoninhados, a ressurreição da filha de Jairo e a cura da mulher que padecia de hemorragia, são assuntos pertencentes, do ponto de vista histórico, ao intervalo entre as parábolas, com as quais estivemos ocupados até agora, e a rejeição sofrida por nosso bendito Senhor, a qual nosso evangelista passa a relatar na sequência do seu evangelho. Busquei explicar o princípio no qual, conforme creio, o Espírito Santo desejou agir ao colocar os eventos numa ordem que pudesse traçar, de maneira clara, o ministério messiânico de nosso Senhor em Israel, com Sua rejeição e as consequências disto. É por esta razão que, havendo incluído antes os fatos intermediários, a sequência natural é a incredulidade de Israel diante do Seu ensino. Ele estava no Seu próprio país e os ensinava em suas sinagogas; mas o resultado, ao invés de ser de admiração diante de Sua sabedoria e obras poderosas, é desdenhosamente questionado: “Não é este o filho do carpinteiro?... E escandalizavam-se nele”. Ali estava um Profeta, mas sem honra em Seu próprio país e em Sua própria casa. A manifestação de glória era inegável ─ mas o vaso não estava sendo recebido de acordo com a vontade de Deus, porém é julgado segundo a vista e as apreensões da natureza humana. (Mateus 13:54-58)