“Pelas quais ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo.” 2 Pedro 1:4
Todas as promessas estão conectadas com essa vida ou com a glória na qual estaremos no final. Mas as promessas nos associam a Cristo, a fim de sermos “participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo”. Somos feitos participantes da natureza divina na conversão, pela novo nascimento, mas Pedro mostra-nos claramente o doce resultado de provar o que o Senhor é e de andar com Ele. Ele nos permite essa participação na natureza divina moralmente, isto é, somos introduzidos na atmosfera que convém a Deus, respiramos a atmosfera que Ele respira e, como consequência, tornamo-nos espirituais. A alma se alarga ao perceber como Ele é. Primeiro nos é dada a capacidade para a apreciação de Deus, e então, à medida que andamos com Ele, essa apreciação se aprofunda.
Somente à medida que participamos moralmente das palavras e das coisas de nosso Senhor Jesus Cristo, nos transformamos em participantes dessa natureza divina. Se você viver com o Senhor e caminhar com Ele obterá o resultado e escapará da corrupção que pela concupiscência há no mundo. O que é concupiscência? A vontade do homem. É a essa vontade, e ao andar do santo para escapar dela, que o apóstolo está se referindo aqui. Ao levar cativo cada pensamento do coração a Cristo você é libertado de sua vontade própria. As imaginações de seu próprio coração não prevalecerão. Você respirará a atmosfera santa e pura da presença de Deus, atmosfera na qual a alma encontra seu prazer ao fazer a vontade de Deus. Antes você estava no mundo fazendo sua própria vontade, mas agora, tendo sido libertado, é a vontade de Deus que você faz. Que doce pensamento saber que quando formos levados para casa, na glória, não haverá mais nenhuma mancha de pecado! “Mas”, diz Pedro, “você pode conhecer muito sobre isso estando ainda aqui”. Você tem a nova natureza que se deleita em Deus e essa natureza tem espaço para se expandir; sua paz cresce, sua graça é multiplicada e você escapa da corrupção que há no mundo por causa da concupiscência.
Paulo pregou a mesma coisa, “se vivemos no Espírito, andemos no Espírito”. E como será o andar do homem se ele viver no Espírito? Como Cristo! Cada pensamento do coração de Cristo era dirigido para Deus. Que será no final quando cada pensamento, cada movimento de nossos corações for dirigido para Deus? Quando estivermos na glória respiraremos a atmosfera na qual nossa alma terá prazer, e isso livremente, sem termos que cuidar dos pensamentos, sem temor e tremor, quando não haverá nenhuma ação da carne como há agora enquanto estamos no terreno do inimigo de nossas almas. E ao dizer aos hebreus que essas experiências poderiam ser deles já neste mundo, Pedro dá a eles o que iria alegrar e refrescar seus corações.