Romanos 6:17:
É importante vermos que nossa obediência deve ser "de todo o coração" (Colossenses 3:23). Deus deseja obediência por amor a Ele. Um caso pode estar tecnicamente claro de acordo com as Escrituras, mas podem existir circunstâncias, tais como atitudes que afugentaram o cônjuge, violências, ou tentativas de se forçar o outro, que poderiam despedaçar um lar, de forma que um cristão poderia ser obrigado a fazer com que seu cônjuge o abandonasse, ou mesmo obtivesse o divórcio. Exige-se um discernimento sacerdotal em cada caso, como era o sacerdote em Israel quando tinha que discernir se a lepra estava ativa quando as aparências eram incertas (Levítico 13:4-8), de forma que a santidade da casa de Deus seja mantida em cada detalhe. "Mui fiéis são os Teus testemunhos: a santidade convém à Tua casa, Senhor, para sempre" (Salmos 93:5).
Não se trata de sermos superiores ao mal em nós mesmos, mas porque Aquele que Se encontra no meio é "o que é santo, o que é verdadeiro" (Apocalipse 3:7). Em todas as instâncias em que tais casos necessitassem ser trazidos para a assembléia, deveríamos tomar nosso lugar como fazendo parte do fracasso e comer da oferta pelo pecado no lugar santo (Levítico 6:26; 10:17). Nunca deveríamos nos esquecer de que o Senhor aborrece o repúdio (Malaquias 2:14-16) e que o divórcio foi permitido por causa da dureza de nossos corações. O amor no matrimônio pode vencer - e vence - muitas dificuldades.
Que o Senhor possa nos guardar, nestes últimos dias, no caminho da obediência, sabendo que "um pouco de fermento faz levedar toda a massa" (1 Coríntios 5:6), e que qualquer mal não julgado corrompe a assembléia que permite que ele seja mantido sem julgamento. O inimigo procura destruir o lar cristão e a assembléia de Deus, e precisamos da Palavra de Deus para nos dirigir, do amor de Cristo para nos constranger, e do poder de Deus para nos guardar.
G. H. Hayhoe