Eduque-os para que lhe obedeçam, mesmo que muitas vezes não saibam o porquê.
Devemos ensiná-los a aceitar tudo aquilo que exigimos deles como sendo para seu próprio bem. Tenho ouvido alguns dizerem que nunca deveríamos exigir das crianças coisas que elas não possam entender; que deveríamos explicar e dar uma razão para tudo o que desejamos que façam. Eu o alerto solenemente contra tal conceito. E vou mais além: creio que se trata de um princípio mau e sem base nas Escrituras.
É, sem dúvida alguma, um absurdo fazer mistério de tudo o que fazemos, e há muitas coisas que é melhor que expliquemos às crianças, a fim de verem que são coisas sábias e razoáveis. Porém, criá-las com a ideia de que não devem receber nada sem antes se certificarem — que elas, com sua compreensão fraca e imperfeita, devem ter antes os “por quê?” e os “qual o motivo?” claramente explicados para cada passo que devem dar — trata-se, isto sim, de um temível engano que provavelmente trará um péssimo efeito à mente das crianças.
Coloque diante de seus filhos o exemplo de Isaque quando Abraão levou-o para oferecer sobre o Monte Moriá (Gn 22). Ele perguntou a seu pai simplesmente: “Onde está o cordeiro para o holocausto?” E não recebeu outra resposta além desta: “Deus proverá para Si o cordeiro para o holocausto, meu filho”. Como, quando, de onde, de que maneira, ou por que meios — nada disso foi dito a Isaque; mas a resposta foi suficiente. Ele creu que tudo estaria bem, pois seu pai lhe dissera, e ficou satisfeito com isso.