“TAIS MULHERES DEVEM SER APEDREJADAS”
É muito humilhante sermos obrigado a aceitar que somos dependentes inteiramente da graça para a salvação; e que nada que tenhamos feito, ou que possamos fazer no futuro, nos fará indivíduos justos e aptos para a graça, mas que nossa miséria, pecado e ruína são as únicas reivindicações que temos para graça. Os escribas e fariseus não podiam entender isso e, não querendo reconhecer que eles próprios eram pecadores, desejaram embaraçar Jesus. Assim, se Ele absolvesse a mulher, diriam que Ele era injusto; se a condenasse, iriam dizer que não era misericordioso. "Tais mulheres devem ser apedrejadas", diziam eles, "tu, pois, que dizes?"
Na verdade, a sentença era justa, a prova da culpa da mulher era inquestionável, e a Lei estava clara; mas quem iria executar a sentença? O homem pode facilmente condenar, mas quem tem o direito de executar? "Aquele que dentre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela." Quem poderia dizer de si mesmo "sem pecado"? E se nenhum deles podia dizer, "Eu estou sem pecado", não havia um deles que não estivesse sob a mesma sentença da mulher, que é a morte, pois "o salário do pecado é a morte" (Romanos 6:23).