Dois inimigos

Aprendemos, na história do povo terreno de Deus, que eles tinham dois inimigos. O primeiro inimigo era chamado de Assíria. O segundo era a Babilônia. Distinguir estes dois inimigos é muito importante na compreensão dos procedimentos de Deus no futuro. Quando a Assíria era o inimigo do povo, Deus Se relacionava com Seu povo e os tinha como um povo todo Seu. Quero frisar isto: quando a Assíria era o inimigo do povo de Deus, Jeová Deus reconhecia o povo como propriedade Sua. Ele podia chamar a Assíria de servo, e usá-la para castigar o Seu povo, para puni-los por serem infiéis a Ele. Mas, ainda assim, Ele os considerava como Seu povo, e este nunca poderia ser conquistado pela Assíria.

Mas chegou um tempo em que o Senhor teve que dizer: Não os reconheço mais como Meu povo. E assim Deus escreveu sobre eles o título de "Lo-ami", que significa "não sois Meu povo" (Os 1:9). Após escrever tal título sobre Israel, eles passaram a ter um novo inimigo, a Babilônia. Veio Nabucodonosor, o rei de Babilônia, e conseguiu conquistar totalmente a terra de Israel e levar o povo para o cativeiro, fora da terra. Isto é algo importante na compreensão dos procedimentos de Deus, pois Ele vai voltar a tratar com Seu povo terreno e, quando o fizer, irá tratar também com os mesmos dois inimigos.

O primeiro inimigo será formado pelos descendentes do império babilônico e dos impérios que se seguiram a esse. Durante o tempo atual, Israel continua tendo escrito sobre si o título de "Lo-ami": "não sois Meu povo". O inimigo terá poder sobre o povo professo de Deus enquanto Ele não os reconhecer como Seu.

Mais tarde Deus reconhecerá Israel novamente como Seu povo, mas irá, no futuro, assim como fez no passado, usar mais uma vez a Assíria para castigá-los. Ainda assim Ele dirá que aquele é o Seu povo, e que a Assíria não poderá fazer o que quiser. Deus irá usá-los para punir o Seu povo, e ensinar Israel por meio do castigo, mas o inimigo não poderá conquistar o povo de Deus.