AMAR E DESPOJAR-SE
Duas coisas foram produzidas em Jônatas por essa, por assim dizer, primeira revelação de Davi: Jônatas o amou como à sua própria alma, e se despojou. Evidentemente, isso foi algo simples e natural. De que maneira singular ele olhou para a face daquele jovem pastor que, com o risco da própria vida, munido apenas de sua funda e de sua pedra consumara tão grande livramento! E será que você pode também olhar para Jesus, Aquele que deu Sua vida tão preciosa, Aquele que suportou a ira pelos pecados que você cometeu, Aquele que mostra Suas mãos e Seu lado e, com doçura, lhe diz: "Paz seja convosco" (João 20:19). Ao tomar conhecimento disto, pode você ainda ficar sem amar Aquele que tanto amou você primeiro?
Portanto, como se pode ver, a fé deve produzir amor. Quão belo e simples é tudo isso! Então vem o despojar-se. Por que foi que Jônatas se despojou? Bem, Paulo, aquele outro hebreu de hebreus, nos conta por que ele se despojou; e acho que ao fazê-lo explica também por que razão Jônatas também se despojou. Menciono estes dois por terem sido, cada um deles, dos mais puros hebreus de sua época. Saulo de Tarso, do qual Jônatas é um tipo ou figura, foi um perfeito judeu; um dos mais conceituados fariseus que já pôde se firmar em sua própria justiça. Leia Filipenses 3 e você verá o registro honesto que ele dá de si próprio. Paulo diz: "Segundo a justiça que há na lei, irrepreensível" (Fp 3:6). Era isto o que aquele hebreu de hebreus podia dizer, e, oh, quantos pobres fariseus de nossa época gostariam de poder dizer o mesmo!