A MORTE
O homem é um ser triúno, isto é, ele é feito de três partes. A Bíblia diz, “E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.” (I Tessalonicenses 5:23). Seu espírito é a parte inteligente que tem a consciência de Deus (Jó 32:8; Isaías 29:24). Sua alma é o lugar de suas emoções, apetites e desejos (Genesis 27:4, Cantares de Salomão 1:7). E seu corpo é, logicamente, a parte física do seu ser.
Morte física ocorre no ser humano quando a alma e o espírito se separam do corpo. Tiago diz, “o corpo sem o espírito está morto” (Tg 2:26). As Escrituras definem isto como “... deixar o corpo” (2 Co 5:8). Veja também Gênesis 35:18 e 49:33; Jó 14:10; Ec 12:7; Lucas 23:46 e Atos 7:59.
A palavra “Morte” é usada nas Escrituras pelo menos em sete diferentes modos. Em cada caso tem o sentido de separação.
Morte física é ter a alma e o espírito separados do corpo (Tg 2:26) Morte espiritual é estar espiritualmente separado de Deus por não ter a nova vida (Ef 2:1; Colossenses 2:13).
Segunda morte é estar eternamente separado de Deus no lago de fogo (Ap 20:6,14).
Morte apóstata é estar separado de Deus por abandonar sua profissão de fé (Jd 12; Ap 8:9).
Morte nacional é não mais existir como uma nação na terra (Isaías 26:19; Ez 37; Daniel 12:2).
Morte judicial é estar posicionalmente separado de toda ordem de pecado sob a liderança de Adão pela morte de Cristo (Rm 6:2; 7:6; Colossenses 3:3).
Morte moral é estar separado em comunhão com Deus (Rm 8:13; I Timóteo 5:6).
É prudente pensar que o pecado é a causa de cada um destes aspectos da morte! Na verdade, “o salário do pecado é a morte” (Rm 5:12, 6:23).
A Bíblia nos diz que há só dois estados no qual uma pessoa morre (fisicamente). Há os que “morrem no Senhor” (Ap 14,13) e aqueles de quem se diz“morrereis em vossos pecados” (Jo 8:24). Morrer nos seus pecados é ter partido deste mundo sem ter tido seus pecados colocados de lado diante de Deus judicialmente pela obra de Cristo na cruz. A pessoa que morre nesta terrível condição será responsável em pagar o preço de seus pecados sob o justo juízo de Deus por toda a eternidade. Morrer no Senhor é morrer sendo salvo e seguro de todo julgamento sob a proteção do sangue de Cristo, o Filho de Deus (Jo 5:24; I jo 1:7).
A morte do crente é “preciosa aos olhos do SENHOR” (Salmo 116,15), enquanto a morte de um incrédulo é algo que Deus não tem prazer nela, pois Ele disse, “Vivo eu, diz o Senhor Jeová, que não tenho prazer na morte do ímpio” (Ez 33:11). Deus não está “querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se” (II Pedro 3:9).
A morte, entretanto, não significa extinção, pois todos os mortos "para Ele vivem" (Lc 20:38). Os homens gostam de pensar que a morte é fim da existência de modo que possam escapar das consequências de seus pecados, mas as Escrituras falam que "aos homens está ordenado morrerem uma vez vindo depois disso o juízo" (Hb 9:27). O corpo é mortal (sujeito à morte como vemos em Romanos 6:12, 8:11; 1Co 15:53,54; 2Co 4:11), mas a alma e o espírito são imortais. E assim como a Bíblia nos diz que há somente dois modos de viver: "para si" ou "para Ele" (2Co 5:15), também nos diz que há somente dois modos de morrer: "no Senhor" (Ap 14:13) ou "em nossos pecados" (Jo 8:24). Morrer "no Senhor" é morrer estando salvo e seguro de todo juízo sob a proteção da obra consumada de Cristo e assim gozar de eterna bênção com Ele para sempre. Morrer "em nossos pecados" é sair deste mundo eternamente condenado pelo juízo. A morte do crente é preciosa à vista do Senhor (Sl 116:15), enquanto que a morte de um incrédulo é algo que o Senhor não tem prazer (Ez 33:11), pois Ele não quer que nenhum pereça (2Pe 3:9).