A Direção do Senhor

Quando me lembro daquela semana, costumo dizer: Quem mais, além de Deus, poderia ter dado forças a um pobre e enfraquecido corpo, para atravessar aquela semana de trabalho com apenas um pulmão funcionando? Sem nenhum esforço, mas simplesmente obedecendo o guiar de Seu olhar e a direção do Espírito de Deus, portas de bênção que eu nem conhecia foram abertas de cima, e sempre de maneira diferente umas das outras.

Em outra ocasião, eu me encontrava em Ipswich e tinha em meu coração a forte convicção de que devia ir a Sudbury e pregar a Cristo ali. Mencionei isto a muitos irmãos, mas eles me desencorajaram, com exceção de um irmão. Eu só sabia o nome de uma pessoa naquela localidade. Escrevi-lhe dizendo que gostaria de ir e pregar em um dia determinado. Em minha viagem, passei por Bury e descobri que aquele irmão que havia orado em Stowmarket tinha estado orando por Sudbury por cerca de dois anos. Quanto tem a ver com a obra do Senhor esses irmãos que oram! O irmão disse-me que iria comigo. Darei este exemplo como uma amostra do que aconteceu em muitas cidades que visitei.

Chegamos à estação de Sudbury. Um jovem cavalheiro aproximou-se e perguntou-me se meu nome era Stanley. Respondi que sim. Ele disse-me que sua mãe ficaria contente em nos receber em sua casa, onde já havia alguns esperando pela leitura da Palavra. Encontramos um bom grupo às quatro horas e, evidentemente, eram todos estranhos para nós. Tivemos momentos maravilhosos meditando na Palavra.

Enquanto eu lia, um ministro enviou um recado dizendo que eu poderia usar sua capela para pregar. Respondi que não poderia aceitar tal oferta, a menos que entendesse que teria total liberdade para falar de qualquer coisa que o Senhor me dirigisse a falar. Ele não se opôs. Então avisei que seguiria para lá às sete horas. Fui e encontrei a capela bem cheia. Porém, senti que não deveria pregar nela e senti-me guiado a propor que devíamos sair e ter a pregação ao ar livre. Todos, de boa vontade, concordaram e saímos. Para minha surpresa, já havia um bom grupo reunido lá fora; pessoas que pertenciam à igreja da cidade e que não entrariam naquela capela por considerá-los dissidentes. Preguei ali, ao ar livre para aquela grande congregação, até às dez horas.

Alguém poderá perguntar: Como pôde acontecer aquilo? Como os outros ficaram sabendo? Eu direi. Foi-me contado depois (e tudo o que eu tinha de fazer naquela ocasião era obedecer ao Senhor), que o Sr. H. estivera pregando na igreja da cidade e dissera que eu estava sendo esperado para pregar em Sudbury durante a semana. Ele convidara sua congregação para ouvir-me pregar.