CAPÍTULO 7

Pregando em Londres

Naquela época eu estava acostumado a pregar com frequência em Londres. Mencionei a alguns irmãos que tinha em meu coração usar o Myddelton Hall, em Islington, para uma semana de pregações. Alguns duvidaram que fosse possível, mas muitos corações elevaram-se a Deus em oração. Foi tudo feito em dependência de Deus. Eu não tinha nada organizado ou preparado e nem ideia dos temas que iria pregar. O salão ficou cheio todas as noites. Foram apresentados muitos pedidos escritos de oração para pessoas queridas.

Algo bem solene ocorreu certa noite. Assim que começamos, alguém chegou trazendo um pedido de oração a favor de uma senhora, de uma família mundana, que estava morrendo sem Cristo. O Sr. G., agora já com o Senhor, acompanhou o mensageiro, enquanto nos ajoelhávamos em solene e fervorosa oração. Ele encontrou a pobre senhora em meio ao maior luxo e extravagância que este mundo pode produzir. Mas não havia ninguém ali que conhecesse a Cristo, ou que pudesse falar alguma palavra a uma alma aflita prestes a passar da alta sociedade londrina para as trevas exteriores e o eterno padecer. Deus respondeu às orações. Ele abriu o coração daquela pobre senhora para receber a palavra da vida e ela foi salva eternamente.

Um sentimento extremamente solene desceu sobre a reunião. Pudemos todos sentir a eternidade bem perto de nós. Pedimos para aqueles que estivessem angustiados que passassem para uma antessala. Em poucos minutos ela estava lotada. Que cena maravilhosa aqueles jovens e velhos, ricos e pobres, com os olhos marejados e aparência ansiosa, perguntando o que deveriam fazer para serem salvos. Fomos obrigados a voltar ao salão principal e, enquanto alguns buscavam o Senhor em oração silenciosa, outros falavam às almas angustiadas. O interesse parecia se aprofundar a cada noite; o grande salão estava sempre bem cheio. Só o Senhor sabe quantos foram os que passaram da morte para a vida.