Chamado a Scarborough

Numa noite de sábado, estávamos tendo uma pequena reunião de oração quando recebi um chamado bem claro de que deveria voltar novamente a Scarborough no dia seguinte para pregar. Fui para casa, mas, nessa ocasião, minha querida esposa não achava que era da vontade do Senhor que eu fosse. Pedi ao Senhor que, se fosse a Sua vontade, Ele nos desse, a ambos, o mesmo pensamento a respeito. Após orar, fui para a cama e adormeci. Às duas horas da madrugada achei-me em pé, com o Senhor me dizendo: "Você deve ir a Scarborough”. Acordei minha esposa e agora ela tinha o mesmo pensamento. Preparei, em silêncio, um breve café da manhã e caminhei até à estação. Havia um trem com destino a York e embarquei nele pela fé. Depois de esperar um pouco em York, descobri que havia, naquela época, um trem para Scarborough no dia do Senhor pela manhã. Cheguei lá por volta das nove horas. Achei melhor não chamar ninguém até que chegasse a hora em que alguns cristãos iriam se reunir para, em conformidade com as Escrituras, partir o pão em nome do Senhor Jesus.

Andando pela praia, vi G. A. caminhando devagar, cabisbaixo. Fui atrás dele e, colocando a mão em seu ombro, cumprimentei-o:

— Como vai?

— Bem — respondeu ele virando-se para mim. — Isto até parece ser uma repreensão: O Sr. B. foi chamado repentinamente para um funeral em Londres, justamente hoje, quando haverá um grande grupo de pessoas no salão de reuniões à noite. Estava sentindo-me triste por pensar que não haveria ninguém para pregar, e agora o Senhor enviou você!

Aqueles que nunca experimentaram esse tipo de direção tão precisa não podem ter nem ideia da solenidade que traz.