Uma Parente em Laughton

Não foi o único caso naquele dia. Dirigimo-nos, então, a Laughton. Descemos, com folhetos, e os distribuímos em cada casa e também às crianças na escola onde eu, quando ainda menino, havia estudado muitos anos antes. Tivemos também uma pregação em frente à capela onde pela primeira vez o Senhor tinha aberto a minha boca para pregar, quando tinha pouco mais de quatorze anos de idade. Fomos então para Firbeck.

Lembrei-me, então, que alguns de meus ancestrais ainda viviam naquele povoado. Bati à porta de uma casa e perguntei se ainda havia alguém com aquele sobrenome vivendo no povoado. Logo me indicaram a casa da cunhada de meu avô, a bem idosa viúva de seu irmão. Ela estava sentada em sua casa, com a porta aberta, cercada por seus filhos, e pelos filhos de seus filhos, que tinham ido visitá-la naquele dia. Ela nunca mais havia me visto desde quando eu tinha oito anos de idade. E ainda assim, por estranho que pareça, reconheceu-me, e sentiu que eu era um mensageiro enviado por Deus. Ela estava ansiosa para ser salva e não tinha ninguém que lhe mostrasse o caminho da vida. Tenho razões para acreditar que Deus fez com que Sua Palavra fosse uma bênção para ela naquele dia. Após aquela ocasião criei o hábito de visitá-la até o dia de sua partida. Apesar de tão idosa, ela foi capaz de caminhar quase dois quilômetros até Roche Abbey, onde tivemos uma pregação do evangelho. Um numeroso grupo de alunos da excelente escola de Worksop estava ali naquele dia e os meninos desejavam nos escutar pregar. Os professores, de bom grado, deram seu consentimento. Os meninos, e também minha idosa parente, escutaram com a mais profunda atenção. Foi um dia feliz de serviço ao Senhor, pois foi gasto em comunhão com Cristo, anunciando o amor de Deus pelos pecadores perdidos. Trata-se de algo muito solene pensar que até mesmo o serviço, se não for feito em comunhão, de nada vale. Não é até mesmo pecado o que é feito sem comunhão com o Senhor?