UM EXEMPLO DADO PELA PRÓPRIA NATUREZA
O apóstolo, pelo Espírito, volta até a Criação para declarar a ordem estabelecida de Deus desde o princípio. A ordem e o propósito da Criação são colocados diante de nós como a base para a sujeição da mulher ao homem (vers. 8 e 9). Então, nos versículos 14 e 15, ele chama a atenção para aquilo que aprendemos da observação da natureza. Isso demonstra como é apropriado que uma mulher tenha sua cabeça coberta quando ora. A natureza ensina que o cabelo longo é a glória para a mulher (quão triste é quando mulheres cristãs cortam seus cabelos à semelhança do mundo), e significa uma posição mais recatada. Ela não era para se mostrar com a ousadia dos homens. Seu cabelo lhe foi dado "em lugar de véu" (vers. 15). Ele marcou um lugar retirado; um lugar de sujeição na Criação de Deus. Isso foi feito por Deus e tem sua bem-aventurança onde não é colocado de lado pela vontade do homem. Devemos nos lembrar de que na "nova Criação" não há homem nem mulher, mas são todos um em Cristo Jesus. Porém, não é este o ponto tratado aqui, e sim os respectivos lugares de cada um neste mundo diante dos olhos de outros - dos próprios anjos.
Alguns, ao resistirem às Escrituras, têm distorcido isso ao tentar provar que o cabelo da mulher é a cobertura requerida. A tentativa de assim empregar mal a instrução divina é tão simplória que não mereceria comentário. Mas para alguns que talvez tenham sido enganados por essa estranha distorção, é bom chamarmos a atenção para alguns pontos. Se a cobertura de uma mulher pudesse ser entendida como sendo o seu cabelo, então o cabelo do homem seria a cobertura deste também.
Bem, este não poderia ser, evidentemente, o significado no caso do homem. Qual é o homem que iria rapar a cabeça para ficar livre de sua cobertura? A própria natureza indica que ele deve ter cabelos curtos. E o homem, que deve ter cabelos curtos, "não deve cobrir a cabeça" quando fala a Deus, ou quando fala por Deus. "O varão pois não deve cobrir a cabeça, porque é a imagem e glória de Deus" (v. 7.) Como poderia a expressão "não deve cobrir" significar que ele não deve deixar o cabelo crescer como o de uma mulher quando estiver orando? As palavras deste versículo expressam ação ou ausência de ação no momento da oração. Trata-se de algo que ele não deve fazer quando estiver orando. Ele pode cobrir a sua cabeça em outras ocasiões, mas estas instruções referem-se ao momento em que ele "ora ou profetiza". Como poderia alguém pensar diferente? Portanto, vemos que no caso do homem o seu cabelo não é a cobertura a que o texto se refere; ele não deve colocar um chapéu ou outra cobertura sobre sua cabeça nesse momento específico.
Repare outra vez no sexto versículo: fazer do cabelo da mulher a sua cobertura, ao invés de um véu, chapéu ou outro objeto, seria algo ridículo. Tal raciocínio faria aquele versículo significar que se uma mulher não tivesse nenhum cabelo sobre sua cabeça, então seu cabelo deveria ser cortado - uma impossibilidade óbvia! A tolice de se buscar provar que o cabelo da mulher é sua cobertura deveria ficar evidente. No versículo 15 lemos "em lugar de véu". Seu cabelo longo simplesmente marcou, na natureza, um lugar mais recatado, um lugar de sujeição.