Quando a morte vem

Lucas 4:25-26; 1 Reis 17

No episódio anterior vimos como Deus proveu o sustento a uma viúva estrangeira, enquanto na incrédula nação de Israel muitas viúvas passavam fome. Mas a história não termina ali. Aquela viúva passaria por mais uma prova, desta vez bem mais amarga, para aprender a confiar no Deus que não apenas dá o sustento cotidiano, mas também vida aos mortos.

Não há nada de errado em se buscar a Deus para nossas necessidades básicas, mas tudo está errado quando nós nos limitamos a isso. Deus não é um talismã para nos dar sorte nesta vida, e nem uma cornucópia para garantir nossa prosperidade material. Paulo escreveu que “se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens” (1 Co 15:19).

Mas tudo muda diante da morte, o fim do homem em seu estado natural. Terminam todos os seus planos, esperanças, poder e vanglória. Não existe experiência mais triste e deplorável do que a partida de alguém sem Deus. A viúva, que já havia experimentado a provisão de Deus para esta vida, é agora surpreendida pela morte de seu único filho.

Ela reclama a Elias: “Que foi que eu te fiz, ó homem de Deus? Vieste para lembrar-me do meu pecado e matar o meu filho?”. Diante da realidade da morte, o milagre que conservou a ela e a seu filho vivos até ali é imediatamente esquecido. Até o profeta está surpreso com a morte do garoto, pois clama: “Ó Senhor, meu Deus, trouxeste também desgraça sobre esta viúva, com quem estou hospedado, fazendo morrer o seu filho?”.

Porém Deus ainda não tinha escrito o último capítulo desta história e é bom aprendermos que para aquele que crê em Jesus também resta o capítulo da ressurreição, que ainda não se realizou.

Elias carrega o garoto para o quarto onde o profeta estava hospedado, no andar de cima, e o deita em sua cama. Então ele próprio se deita sobre o menino três vezes e clama: “Ó Senhor, meu Deus, faze voltar a vida a este menino!”. O Senhor ouve o clamor de Elias e ressuscita o menino, que é entregue à sua mãe. “Agora sei que tu és um homem de Deus e que a palavra do Senhor, vinda da tua boca, é a verdade”, diz a mãe (1 Rs 17:24).

Ao se deitar sobre o corpo morto do menino Elias se identifica com ele em sua morte. Foi o que Jesus fez por nós. Na cruz ele identificou-se plenamente com o homem ao assumir a culpa pelo pecado e entregar sua vida. Em sua vida aqui Jesus podia se compadecer de você, mas foi na morte que ele realmente se identificou com você. Se você espera em Cristo apenas para suprir as necessidades desta vida, considere-se a pessoa mais miserável que existe. A real riqueza está na vida em ressurreição, porque é a vida eterna e sem pecado. E é da lepra do pecado que nos fala a história de Naamã, nos próximos 3 minutos.

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