Êxodo 1-12

Êxodo 1-12

Moisés é outra figura do Senhor Jesus Cristo (Deuteronômio 18:15). Ele foi o libertador escolhido por Deus para os filhos de Israel que estavam sob a escravidão de Faraó no Egito (Êxodo 3:10; Atos 7:35). Faraó, o governante do Egito, é uma figura de Satanás — o deus e príncipe deste mundo. Moisés sentia por seu povo e queria que fosse libertado. Quando foi a eles da primeira vez e demonstrou que desejava eliminar seus opressores e libertá-los de sua escravidão, seus esforços foram completamente mal entendidos por seus irmãos. Eles disseram: “Quem te constituiu príncipe e juiz?” (Atos 7:35; Êxodo 2:14). Consequentemente eles não o aceitaram como seu libertador. Isso é uma figura da rejeição do Senhor por parte dos judeus em sua primeira vinda (João 1:11). O que eles disseram foi, em essência, “Não queremos que este reine sobre nós” (Lucas 19:14).

Tendo sido assim rejeitado, Moisés rompeu seus vínculos com seus irmãos e deixou o Egito. Considerando que o Egito é uma bem conhecida figura do mundo, isso nos fala de Cristo deixando este mundo. Ele disse: “Deixo o mundo, e vou para o Pai” (João 16:28). Moisés foi para a terra de Midiã, onde viveu por quarenta anos (Êxodo 2:11-4:19). Naquele tempo recebeu uma esposa gentia — “Zípora” (Êxodo 2:21). Ela é outra figura da Igreja. Zípora deu um filho a Moisés, e eles o chamaram de Gérson, que significa “Um estrangeiro aqui”. Isso tipifica o fruto de uma comunhão prática com Cristo que nos torna estrangeiros celestiais neste mundo (1 Pedro 2:11).

Após muitos anos Deus enviou Moisés de volta aos filhos de Israel, os quais sofriam sob seus opressores gentios (uma figura do “tempo dos gentios” — Lucas 21:24; Êxodo 3:10; 4:19). Moisés voltou a seus irmãos que uma vez lhe haviam rejeitado (Êxodo 4:29-31). Isso é uma figura do Senhor retomando suas tratativas com a nação de Israel. Naquela ocasião Deus começou a derramar juízo sobre o Egito na forma das dez pragas (Êxodo 7:1-12:36). Essas pragas são uma figura dos juízos que cairão sobre este mundo durante a Tribulação. Deus preservou milagrosamente os israelitas em meio a todos aqueles juízos, o que foi um sinal da confirmação que Deus lhes dava de que estava trabalhando a favor deles (Salmos 78:43; 105:27; Êxodo 73; 8:22-23). Isso nos fala de como Deus irá preservar um remanescente de Israel durante a Tribulação (Apocalipse 7:1-8).

Após os juízos terem caído sobre o Egito, Moisés tirou Israel daquela terra libertando-os de Faraó e dos egípcios no Mar Vermelho (Êxodo 14). Naquela ocasião eles cantaram seus louvores de gratidão ao Senhor (Êxodo 15). Isso nos fala da salvação do remanescente de Israel e a ação de graças que se seguirá. Então, logo depois, Jetro, o midianita, foi a Moisés e aos filhos de Israel e reconheceu que Deus estava com eles (Êxodo 18). Isso é uma figura do Milênio, quando os gentios reconhecerão o Deus de Israel como Deus deles também (Zacarias 2:11; 8:22-23, etc.). Mas onde estava Zípora enquanto os juízos caíam sobre o Egito? Ela não estava na terra! Moisés a tinha enviado de volta para a terra de Midiã antes que os juízos caíssem (Êxodo 18:1-2). Ela não aparece em cena até depois de todos os juízos terem caído sobre a terra do Egito e os filhos de Israel serem libertados. Semelhantemente, a Igreja não aparecerá publicamente até que a Tribulação tenha terminado, quando o Senhor irá exibir Sua noiva para o mundo no Milênio (2 Tessalonicenses 1:10).