Um Segundo Começo na Pregação

Um irmão em Cristo havia chegado de Ackworth. Antes de voltar para casa ele me disse:

— Tenho em meu coração a forte impressão de que você deve voltar comigo e pregar o evangelho em Ackworth.

— O quê?! — exclamei — Eu ir pregar? Não! Vou levar a vida inteira para desaprender o que está errado, antes de poder pregar o que está certo!

Mas ele respondeu com firmeza:

— Acredito que você pregará, e o Senhor irá abençoar a mensagem.

Tratava-se agora de algo bem diferente. Eu não ousaria duvidar que o Senhor pudesse abençoar a Sua Palavra. Depois de orar, fui, e desde então pude provar que o Senhor pode e quer abençoar a Sua Palavra.

Foi este, portanto, o segundo começo na pregação da Palavra, cerca de dez anos depois da primeira vez que preguei, quando era um garoto de 14 anos de idade. Naqueles dias, era raro o Senhor abrir meus lábios pelas cidades e povoados da Inglaterra sem que alguma alma se convertesse. Não que isso ficasse evidente na ocasião, mas pude encontrar os convertidos em todo lugar, dez, vinte, ou trinta anos mais tarde. Como não mantive um relatório, seria impossível mencionar em ordem cada uma daquelas pregações, leituras e conversas que tive durante quarenta e dois anos, em Sheffield, Rotherham, e nos povoados dos arredores; em Hull, York, Wakefield, Scarborough, Malton, Whitby, Redcar, Newcastle e arredores; em várias partes da Escócia; em Manchester, Rochdale, Oldham, Bury, Southport, Liverpool, Llandudno, Stafford, Gnosall, Wolverhampton, Birmingham, Leamington, Banbury, Swindon, Londres e arredores; pelo condado de Kent, em Cheltenham, Malvern, Worcester, Gloucester, Bristol, Clifton, Bath, Taunton, Exeter, Torquay, Plymouth. E depois nos condados ocidentais: em Ipswich, Colchester, Needham Market, Stowmarket, Bury St. Edmunds, Norwich, Grimsby, etc., etc.